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PM Alagoana desdobra operação no Benedito Bentes após confronto na noite desta segunda (28)

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Viatura da PM/AL | Foto: Reprodução
Na manhã desta terça-feira (29), várias forças da Polícia Militar de Alagoas estão realizando uma incursão na região do Complexo Benedito Bentes, com foco no Conjunto Carminha e áreas adjacentes. A ação foi desencadeada após uma intensa troca de tiros ocorrida na noite anterior, por volta das 22h, que assustou moradores da área.

De acordo com informações repassadas pelo 5º Batalhão de Polícia Militar (BPM), militares que realizavam rondas na localidade flagraram sete suspeitos em atitude suspeita no bairro. Ao perceberem a aproximação das viaturas, os acusados dispararam contra a guarnição e fugiram para várias direções, iniciando uma perseguição que culminou em uma troca de tiros.

A intensa troca de tiros gerou pânico na região, e uma viatura policial foi atingida no para-brisa. No entanto, até o momento, não há confirmação sobre feridos, nem entre os militares nem entre os suspeitos envolvidos no confronto.

A área, conhecida por ser marcada por disputas entre facções criminosas envolvidas no tráfico de drogas, é considerada crítica pela segurança pública do estado. As forças policiais seguem atuando na região, mas ainda não há confirmação de prisões realizadas durante a operação.

A Polícia Militar continua realizando buscas e diligências para identificar os responsáveis pelos disparos e esclarecer os detalhes do tiroteio.

André Mendonça vota contra prisão de Collor e abre divergência no STF

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André Mendonça, Ministro do STF | Foto: Reprodução
O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), abriu divergência nesta segunda-feira (28) ao votar pela revogação da prisão do ex-presidente Fernando Collor de Mello. Para Mendonça, os argumentos apresentados pela defesa no segundo recurso, conhecido como embargo infringente, devem ser acolhidos, o que abriria a possibilidade de revisão da pena imposta a Collor.

O ex-presidente foi condenado em 2023 por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, acusado de receber cerca de R$ 20 milhões em propina entre 2010 e 2014, enquanto era senador, para favorecer contratos da UTC Engenharia com a BR Distribuidora. À época, a maioria dos ministros da Corte considerou comprovado o envolvimento de Collor, mas ele não foi preso imediatamente por ainda ter direito a recursos.

No novo recurso, a defesa do ex-presidente solicitou que fosse adotada a pena sugerida pelos ministros que votaram por punições mais brandas — entre eles, o próprio André Mendonça, além de Nunes Marques, Dias Toffoli e Gilmar Mendes.

Em seu voto, Mendonça afirmou que o pedido está amparado no Regimento Interno do STF e, por isso, merece ser aceito. “Em coerência com a posição que venho adotando em inúmeros casos desde 2022, antecipo, desde logo, que entendo estarem presentes os requisitos exigidos pelo Regimento Interno do STF para que sejam conhecidos os presentes embargos infringentes”, declarou o ministro.

Ele também rebateu o argumento do relator do caso, Alexandre de Moraes, que na última quinta-feira (24) rejeitou o recurso de Collor e determinou sua prisão imediata. Moraes sustentou que o pedido da defesa só seria válido se ao menos quatro ministros tivessem votado pela absolvição total do ex-presidente, o que não ocorreu nem ao considerar os crimes separadamente. Moraes ainda classificou a ação como “protelatória” e sem fatos novos.

Para Mendonça, contudo, o recurso “não se afigura meramente protelatório, mas integrante legítimo de seu direito à ampla defesa, e deve ser conhecido”.

A decisão de Alexandre de Moraes ainda precisa ser referendada pelo plenário do STF. Até o momento, o placar está em 6 a 1 a favor da prisão de Collor, com o ministro Cristiano Zanin impedido de votar. Restam os votos de outros três ministros, que têm até as 23h59 desta segunda-feira (28) para se manifestar.

Nova camisa vermelha da Seleção Brasileira gera polêmica e críticas por possível motivação política

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Uniformes da Seleção Brasileira | Foto: Reprodução 
A Seleção Brasileira de Futebol voltou a ser alvo de polêmicas nesta segunda-feira (28), desta vez não por seu desempenho em campo, mas pela apresentação do novo uniforme em uma cor inédita: o vermelho. A mudança, que rompe com a tradição do verde e amarelo ou azul, causou estranhamento e revolta entre torcedores, especialmente entre os mais conservadores.

Nas redes sociais, muitos brasileiros, sobretudo simpatizantes da direita, classificaram a decisão como uma afronta à identidade nacional e uma tentativa de esvaziar o simbolismo da camisa da seleção, historicamente associada às cores da bandeira. Para alguns, o novo uniforme vermelho tem conotação política, sendo visto como uma resposta ao uso do tradicional uniforme canarinho em manifestações contrárias ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

Durante as eleições de 2022 e nos protestos que culminaram na invasão das sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023, a camisa da Seleção Brasileira foi amplamente utilizada por manifestantes conservadores. Estima-se que mais de 90% dos envolvidos naquele episódio vestiam a icônica camisa amarela, consolidando-a como um símbolo da oposição ao atual governo.

Especialistas ouvidos por veículos de imprensa avaliam que a mudança pode ter sido influenciada por setores da esquerda, como forma de ressignificar a imagem da seleção e dissociá-la de movimentos políticos. Ainda assim, a decisão gerou reações negativas tanto no Brasil quanto no exterior, com repercussão em jornais internacionais que destacaram a controvérsia envolvendo a nova identidade visual do time.

Apesar da intenção de inovar ou promover uma imagem neutra da Seleção, a escolha da cor vermelha acabou acentuando ainda mais a polarização política em torno do futebol brasileiro. Até o momento, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não se pronunciou oficialmente sobre o motivo da mudança.

Medo e incerteza agitam o cenário político Alagoano para 2026

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Arthur Lira | Foto: Reprodução
O medo, sentimento que surge diante de ameaças reais ou imaginárias, tem se tornado um protagonista no cenário político alagoano, especialmente entre figuras de destaque que planejam seus próximos passos para as eleições de 2026. A incerteza quanto ao futuro político e a disputa por cargos importantes têm gerado apreensão e cálculos estratégicos.

Um dos exemplos mais notáveis é o de Arthur Lira. Após quatro anos como um dos homens mais poderosos da República, o ex-presidente da Câmara dos Deputados enfrenta agora a realidade de ter retornado à "planície", sem o mesmo poder de influência sobre aliados e rivais. Sua tentativa de se revigorar politicamente, através da relatoria do projeto de isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil, demonstra sua busca por relevância.

No entanto, a grande preocupação de Lira é garantir seu futuro político, com a possibilidade de uma candidatura ao Senado. A disputa por uma das duas vagas, já com Renan Calheiros como favorito, o coloca em uma posição delicada, competindo com outros nomes de peso como o prefeito JHC, o ex-deputado Davi Davino e o deputado Alfredo Mendonça. O medo de ficar sem mandato a partir de 2027 é uma realidade que paira sobre o político.

A mesma incerteza atinge o prefeito de Maceió, JHC, que ambiciona o governo estadual. Seu maior obstáculo é o senador Renan Filho, ministro de Lula, que já declarou sua intenção de concorrer ao cargo. A disputa promete ser acirrada e imprevisível.

O cenário político alagoano se caracteriza por medo, perigo e alternativas arriscadas. As decisões definitivas sobre as candidaturas devem ser adiadas para 2026, permitindo que os políticos ajustem suas estratégias conforme o desenrolar dos acontecimentos. A imprevisibilidade é a marca registrada deste momento, onde a política alagoana se prepara para um futuro incerto.

Silêncio sobre denúncia de Marcelo Palmeira revela fragilidade da Comissão de Ética da Câmara

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Câmara de Vereadores de Maceió | Foto: Reprodução

Até o momento, o vereador Marcelo Palmeira não prestou contas à Comissão de Ética da Câmara Municipal de Maceió sobre as graves acusações que lançou recentemente. Em declaração pública, Palmeira afirmou que vereadores da Casa teriam tentado fraudar o concurso público realizado pela instituição, mas não revelou nomes.

Apesar da gravidade da denúncia, a Comissão de Ética, presidida pelo vereador Davi Davino e tendo Brivaldo Marques como vice-presidente, ainda não cobrou oficialmente explicações do parlamentar.

O silêncio também se estende aos colegas de plenário. Nenhum vereador, até agora, demonstrou incômodo ou exigiu esclarecimentos sobre as suspeitas levantadas, alimentando o clima de impunidade e de falta de transparência no Legislativo municipal.

A ausência de providências levanta questionamentos sobre a atuação da Comissão e o compromisso da Câmara com a ética e a lisura no serviço público.

Burnout: a epidemia silenciosa que afeta trabalhadores em todo o mundo

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Foto: Reprodução/Freepik

Em 2020, Amy, uma executiva de marketing no auge da carreira, viu sua vida mudar drasticamente. Durante a organização de um evento, ela sentiu uma tontura repentina. “Achei que estivesse desidratada ou sem me alimentar direito, mas aquela sensação continuou. Daquele momento em diante, tudo ficou meio confuso”, relembra.

O que parecia um mal-estar passageiro se revelou algo mais grave. Amy passou a conviver com zumbidos constantes e uma sensação de estar "enjoada e bêbada em um barco". Sua saúde física e mental se deteriorou rapidamente, forçando-a a tirar uma licença médica. “Meu corpo estava dizendo: Pare!”, afirma.

Amy só entenderia depois que estava vivendo um burnout — uma síndrome que se tornou cada vez mais comum no mundo do trabalho moderno. Caracterizado por cansaço extremo, falta de motivação e sentimentos de ineficácia, o burnout é uma resposta ao estresse crônico não administrado, como define Christina Maslach, professora emérita da Universidade da Califórnia, Berkeley, pioneira no estudo do tema.

Em 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu oficialmente a síndrome de burnout como um fenômeno ocupacional, fruto do excesso de trabalho e da cultura de estar "sempre disponível", agravada pela digitalização.

A psicóloga Heejung Chung, diretora do Instituto Global de Liderança Feminina do King's College London, alerta que o burnout se tornou um problema global. Em alguns países, mais de 70% dos trabalhadores relatam sintomas da síndrome. No Reino Unido, os custos associados já ultrapassam 102 bilhões de libras (cerca de R$ 772 bilhões) anuais, segundo pesquisa da Axa em 2024.

No Brasil, o cenário também é preocupante. Dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) mostram que, em 2023, 421 trabalhadores foram afastados por burnout — o maior número em dez anos. O crescimento é de 136% em comparação com 2019, impulsionado principalmente pelos efeitos da pandemia.

Os sinais e as fases do burnout

Especialistas apontam que o burnout se desenvolve em fases:

  • Lua-de-mel: Entusiasmo excessivo e sobrecarga de tarefas;

  • Abandono: Perda de interesse em atividades sociais e maior dificuldade de concentração;

  • Sem motivação: Irritação, apatia e fadiga da compaixão;

  • Burnout: Esgotamento total e dificuldades para manter a rotina;

  • Colapso: Estado clínico grave, com crises de pânico e incapacidade de realizar tarefas básicas.

Entre os principais fatores de risco estão a sobrecarga de trabalho, falta de autonomia, ausência de reconhecimento, relações tóxicas no ambiente profissional, injustiça e conflitos de valores.

O burnout, embora associado principalmente ao trabalho remunerado, também afeta estudantes, pais e cuidadores, especialmente mulheres, que frequentemente acumulam dupla jornada.

Recuperação: pequenas mudanças fazem a diferença

A recuperação do burnout, segundo especialistas como Claire Ashley, autora de The Burnout Doctor, não exige mudanças radicais, como deixar o emprego. A chave está em três frentes: assumir controle sobre o que é possível mudar, cuidar do bem-estar e fortalecer redes de apoio.

O exercício da "Esfera de Controle", proposto por Stephen Covey, ajuda a identificar aquilo que pode ser modificado e aquilo que precisa ser aceito. Já o médico Russ Harris sugere três caminhos para enfrentar desafios: sair, ficar e agir conforme seus valores ou ficar e desistir.

“Identificar seus valores é crucial, pois todas as decisões futuras devem estar alinhadas a eles”, afirma Ashley.

Enquanto a conscientização sobre o burnout cresce, especialistas reforçam a necessidade de mudanças na cultura de trabalho para prevenir novos casos. Como alerta a professora Chung: “Estamos trabalhando demais e nos desconectando de nós mesmos. Essa é uma conta que, mais cedo ou mais tarde, todos pagam”.

Crise no INSS pressiona Lula a avaliar afastamento do ministro Carlos Lupi

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Carlos Lupi e Lula: presidente cobrou explicações do ministro da Previdência sobre fraudes no INSS. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
O governo federal enfrenta uma grave crise no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que pode culminar no afastamento do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi. Segundo informações obtidas pela CNN, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi aconselhado a agir diante de sinais de possível omissão do ministro em relação a irregularidades no órgão.

A crise se intensificou na última quarta-feira (23), após a Polícia Federal deflagrar uma operação que desvendou um esquema de fraudes no INSS. No mesmo dia, Lula se reuniu com o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, que o alertou sobre a provável negligência de Lupi quanto às denúncias.

De acordo com fontes próximas ao Palácio do Planalto, o tema foi tratado em reuniões internas com a equipe de comunicação e outros ministros. Embora tenha optado inicialmente pela demissão imediata apenas do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, Lula foi aconselhado a considerar também o afastamento de Carlos Lupi.

A pressão aumentou após a divulgação de atas que mostram que o ministro já havia sido alertado, em junho de 2023, sobre indícios de irregularidades envolvendo descontos na folha de pagamento de aposentados. A revelação complicou ainda mais a situação do governo, que busca preservar sua imagem em meio à proximidade das eleições de 2026.

Para conter o desgaste, o Planalto agiu rapidamente, suspendendo todos os descontos — autorizados ou não — nos benefícios dos aposentados e prometendo a devolução dos valores descontados indevidamente. No entanto, aliados reconhecem que uma definição rápida sobre o futuro de Lupi será fundamental para reduzir o impacto político da crise.

Renan Calheiros: Se perder a eleição de 2026, pode seguir o mesmo caminho de Fernando Collor?

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Senador Renan Calheiros | Foto: Reprodução
O senador Renan Calheiros (MDB-AL), um dos nomes mais influentes da política alagoana e nacional, já articula sua campanha para a disputa do Senado Federal em 2026. Será sua quinta tentativa de reeleição consecutiva, com o objetivo de manter o mandato e, consequentemente, o foro privilegiado que lhe garante certa blindagem judicial.

Com uma base política robusta, Renan conta com o apoio de cerca de 90 prefeitos alagoanos, além das alianças estratégicas com o governador Paulo Dantas (MDB) e o presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas, Marcelo Victor (MDB). Esses apoios fortalecem sua pré-candidatura e indicam que o senador pretende disputar com força total, apesar das críticas e desgastes acumulados ao longo dos anos.

Nos bastidores, no entanto, há especulações sobre os riscos que uma eventual derrota nas urnas pode trazer ao veterano político. A comparação mais direta surge com o caso do ex-presidente Fernando Collor de Mello, que também teve longa trajetória política em Alagoas, chegou ao Senado e, em 2025, teve a prisão decretada após condenações por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Collor foi transferido para o Presídio Baldomero Cavalcanti, onde cumpre pena em cela especial.

Para analistas políticos, a eleição de 2026 será crucial para o futuro de Renan Calheiros. Sem mandato, ele poderá ficar mais exposto a investigações e eventuais processos que hoje tramitam sob foro privilegiado. Assim como Collor, que perdeu espaço político após não conseguir se manter no Senado, Renan pode enfrentar um cenário semelhante caso não obtenha sucesso nas urnas.

O senador, por sua vez, nega qualquer temor relacionado a esse tipo de comparação e mantém sua agenda ativa no Congresso, buscando se posicionar como articulador influente no cenário nacional. Ainda assim, os próximos dois anos prometem ser decisivos para o desfecho de uma das carreiras políticas mais longevas do país.

Prisão de Collor ocorre em meio a rompimento entre Globo e afiliada TV Gazeta

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Rede Globo e Fernando Collor | Foto: Reprodução
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quinta-feira (24) a prisão imediata do ex-presidente e ex-senador Fernando Collor, após rejeitar os últimos recursos apresentados pela defesa contra a condenação a oito anos e dez meses de prisão em regime fechado. A medida ocorre em meio ao conturbado processo de rompimento entre a TV Globo e a TV Gazeta de Alagoas, afiliada comandada pelo próprio Collor.

A decisão de Moraes foi tomada antes mesmo da análise do plenário da Corte, prevista para esta sexta-feira (25), em sessão virtual convocada pelo presidente do STF, Luís Roberto Barroso. O julgamento será realizado ao longo do dia, com início às 11h e encerramento às 23h59, quando os ministros decidirão se mantêm a prisão de Collor, que foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em um desdobramento da Operação Lava Jato envolvendo contratos fraudulentos na BR Distribuidora.

Além do impacto jurídico, a prisão de Collor também repercute no cenário midiático. A condenação do ex-presidente foi um dos fatores apontados pela TV Globo, em outubro de 2023, para justificar o fim do contrato de afiliação com a TV Gazeta. Na ocasião, a emissora alegou que escândalos de corrupção e o uso indevido da afiliada em benefício de interesses pessoais e políticos de Collor tornavam insustentável a continuidade da parceria.

O encerramento da afiliação entre Globo e Gazeta representa um marco importante na televisão alagoana, já que a parceria entre as duas emissoras durou mais de 40 anos. A decisão da Globo, respaldada por sua área jurídica e de compliance, ganhou força justamente após a condenação de Collor pelo STF.

Com a prisão decretada e o julgamento do plenário do STF prestes a ocorrer, o futuro político e empresarial de Fernando Collor segue envolto em incertezas, enquanto a TV Gazeta tenta se reposicionar no cenário da comunicação local após a ruptura com a maior emissora do país.

Fernando Collor preso em Maceió após decisão do STF

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Fernando Collor | Foto: Reprodução

O ex-presidente e ex-senador Fernando Collor de Mello foi preso na madrugada desta sexta-feira (25), às 4h, em Maceió, Alagoas, quando se preparava para viajar a Brasília para se entregar à Polícia Federal. A detenção foi determinada na noite de quinta-feira (23) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após o esgotamento dos recursos no processo em que Collor foi condenado por corrupção.

Segundo o advogado criminalista Marcelo Bessa, “o ex-presidente Fernando Collor de Mello encontra-se custodiado, no momento, na Superintendência da Polícia Federal na capital alagoana”. A condenação, decorrente da Operação Lava-Jato, refere-se a um esquema de corrupção na BR Distribuidora, onde Collor foi sentenciado a oito anos e dez meses de prisão em regime inicial fechado.

Na decisão, Moraes detalhou que Collor, com auxílio dos empresários Luís Pereira Duarte de Amorim e Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos, recebeu R$ 20 milhões em propina para facilitar contratos irregulares da BR Distribuidora com a UTC Engenharia, destinados à construção de bases de distribuição de combustíveis. A vantagem ilícita foi oferecida em troca de apoio político para a indicação e manutenção de diretores da estatal.

Recursos rejeitados e prisão imediata

Na quinta-feira (23), Moraes rejeitou o segundo recurso da defesa de Collor (embargos infringentes), que questionava a dosimetria da pena com base em votos vencidos de ministros do STF, como André Mendonça, Nunes Marques, Dias Toffoli e Gilmar Mendes. A defesa argumentou que o recurso deveria ser analisado pelo plenário do STF, mas Moraes considerou que ele tinha caráter “meramente protelatório”, autorizando o cumprimento imediato da pena.

O ministro destacou que embargos infringentes só são cabíveis quando há pelo menos quatro votos absolutórios, o que não ocorreu no caso. Ele também reforçou que o STF tem jurisprudência consolidada contra a admissibilidade de recursos que questionem apenas a dosimetria da pena.

Julgamento no STF

O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, incluiu o processo na pauta da sessão virtual do plenário desta sexta-feira (25), com início às 11h e término às 23h59, para que os ministros decidam se mantêm a prisão de Collor. A Corte já havia rejeitado anteriormente outros recursos do ex-presidente (embargos de declaração), nos quais ele alegava que a pena não correspondia ao voto médio do plenário.

Outros condenados

Na mesma decisão, Moraes determinou o cumprimento das penas dos outros envolvidos no esquema. Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos, condenado a quatro anos e um mês em regime semiaberto, e Luís Pereira Duarte de Amorim, que recebeu penas restritivas de direitos, também terão suas sentenças executadas imediatamente.

A prisão de Collor marca um desfecho significativo em um dos casos de corrupção revelados pela Operação Lava-Jato, reforçando a atuação do STF no combate a crimes envolvendo figuras políticas de alto escalão.

Paulo Dantas e Davi Alcolumbre unem forças contra nomeação de Marluce Caldas ao STJ

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Davi Alcolumbre e Paulo Dantas | Foto: Reprodução
A disputa por uma vaga no Superior Tribunal de Justiça (STJ) ganhou contornos políticos mais intensos em Brasília e em Alagoas. Nos bastidores, o governador Paulo Dantas (MDB) estaria se mobilizando para impedir a nomeação da procuradora Marluce Caldas, favorita de setores ligados ao prefeito de Maceió, JHC (PL), à Corte. A resistência do chefe do Executivo alagoano é conhecida entre aliados mais próximos, embora o MDB local evite tocar publicamente no assunto.

A possível indicação de Marluce, que é tia de JHC e figura próxima ao clã Caldas, se transformou em mais um capítulo da já acirrada rivalidade política entre o grupo do governador e o do prefeito de Maceió. Para Dantas, além do fator político familiar, pesa também o histórico de atritos com o STJ, que em 2022 determinou seu afastamento do governo durante a Operação Edema, da Polícia Federal — processo que hoje segue parado no Supremo Tribunal Federal (STF).

Paulo Dantas conta com apoio de peso nessa articulação. Ele tem atuado em sintonia com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que também se opõe à indicação de Marluce e tem seu próprio candidato para a vaga no STJ. Alcolumbre, que exerce forte influência sobre o processo de sabatina e aprovação no Senado, considera a disputa uma questão estratégica de poder e influência sobre o Judiciário.

Outro nome que o governador tenta atrair para sua causa é o ministro do STF Gilmar Mendes. Embora Mendes mantenha relações próximas com João Caldas, pai de JHC e figura influente nos bastidores políticos, Dantas aposta na construção de uma aliança pontual com o ministro para barrar a indicação de Marluce.

A nomeação de ministros para cortes superiores é sempre marcada por disputas políticas silenciosas e intensas. No caso da vaga no STJ, o que deveria ser uma escolha técnica se transformou em mais um campo de batalha da política alagoana, com impacto direto no cenário nacional.

Enquanto isso, Marluce Caldas segue no páreo, mas a "novela" — como vem sendo chamada por observadores de Brasília — ainda está longe de um desfecho. Com o avanço de articulações nos bastidores e os jogos de influência em curso, o processo pode se arrastar por semanas ou até meses.

Para Paulo Dantas, cada dia de indefinição é uma oportunidade para fortalecer seu campo de aliados e evitar que uma adversária simbólica ganhe assento em uma das cortes mais importantes do país.

Alfredo Gaspar é escolhido para relatar pedido de suspensão de ação contra Alexandre Ramagem no STF

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Alfredo Gaspar | Foto: Reprodução
O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), deputado Paulo Azi (UB-BA), designou o deputado federal Alfredo Gaspar (UB-AL) como relator do pedido de suspensão da ação penal contra Alexandre Ramagem (PL-RJ). Ramagem é réu no Supremo Tribunal Federal (STF), acusado de integrar uma organização criminosa que planejou um golpe de Estado após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições presidenciais de 2022.

A escolha de Gaspar para a relatoria ocorreu após outros parlamentares recusarem a tarefa, alegando que o tema é "sensível" devido ao seu impacto político. O caso deve intensificar a polarização entre governistas e oposicionistas no Congresso, com possíveis reflexos na agenda do ex-presidente Jair Bolsonaro, que defende um projeto de anistia para os envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023, visando benefícios próprios.

Conhecido por sua postura bolsonarista e por fazer forte oposição ao governo petista, Alfredo Gaspar afirmou, segundo a Folha de S.Paulo, que conduzirá "um trabalho técnico e criterioso" na relatoria. A expectativa é que o relatório suscite debates acalorados, dado o contexto político e as implicações do caso no cenário nacional.

Possível saída de JHC do PL abala estrutura do partido em Alagoas e abre disputa por sucessão com aval de Bolsonaro

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Prefeito de Maceió, JHC | Foto: Reprodução
A possível saída do prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), do Partido Liberal provocou alvoroço nos bastidores políticos de Alagoas e ameaça desestabilizar a base do partido mais representado na Câmara dos Deputados. Fontes ouvidas nos bastidores avaliam que, sem JHC, o PL teria que praticamente “recomeçar do zero” no estado.

Considerado um dos prefeitos mais bem avaliados do Brasil e detentor de significativo capital eleitoral, JHC é, atualmente, o único nome da sigla em Alagoas com capacidade para montar uma chapa forte, com chances reais de eleger até três deputados federais e consolidar presença na Assembleia Legislativa.

A especulação mais forte é de que JHC esteja negociando sua ida para o PSB, em um arranjo político que incluiria a nomeação de sua tia, a desembargadora Elisabeth Carvalho Nascimento, para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) por indicação do presidente Lula. A articulação envolveria ainda um pacto de não agressão com o MDB, visando a reeleição do senador Renan Calheiros (MDB-AL), seu antigo adversário político.

Disputa por sucessão e “bênção” de Bolsonaro

Com a eventual saída de JHC, o PL já movimenta peças no tabuleiro para encontrar um novo líder no estado, de preferência com o aval de Jair Bolsonaro e Valdemar Costa Neto, presidente nacional do partido. A seguir, os nomes mais cotados:

Arthur Lira (PP-AL) – Presidente da Câmara e líder forte em Alagoas, Lira comanda o PP no estado e mantém boa relação com Bolsonaro. No entanto, está cotado para presidir a federação PP/União Brasil, o que pode afastá-lo da disputa direta pelo comando do PL.

Delegado Fábio Costa (PP) – Deputado federal e alinhado ao bolsonarismo, Fábio Costa já participou de reuniões com Bolsonaro e o vereador Leonardo Dias. É um nome com estrutura e respaldo partidário, mas sua permanência no PP pode ser um obstáculo.

Alfredo Gaspar (União Brasil) – Ex-procurador-geral de Justiça e deputado federal, Gaspar tem o respeito da família Bolsonaro, embora adote postura mais discreta em relação ao ex-presidente. Tem atuação firme, mas menos visibilidade dentro da base bolsonarista.

Cabo Bebeto (PL) – Deputado estadual, já foi figura próxima de Bolsonaro, mas perdeu força após apoiar Marcelo Victor (MDB) para a presidência da ALE e ver seu filho fracassar na eleição para vereador. Além disso, ainda não confirmou se será candidato a deputado federal.

Leonardo Dias (PL) – Vereador por Maceió e ex-presidente do PL em Alagoas, é o nome mais próximo da família Bolsonaro, especialmente de Michelle. Tem boa relação com Valdemar Costa Neto, mas sua pré-candidatura a deputado estadual e o baixo alcance do cargo atual jogam contra suas pretensões.

Impacto eleitoral

A eventual saída de JHC, somada à ausência de um sucessor natural com peso eleitoral similar, representa um desafio para o PL em um dos estados nordestinos onde Bolsonaro tenta manter influência. A decisão do prefeito pode redefinir alianças e enfraquecer a oposição local ao grupo liderado por Renan Calheiros.

Nos bastidores, interlocutores admitem que o futuro político de JHC — e a escolha de quem ocupará seu espaço no partido — será decisivo para a montagem das chapas de 2026 e para o realinhamento das forças de direita em Alagoas.

Caso João Neto: advogadas discutem dentro de prédio após decisão que mantém ex-companheira no apartamento

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João Neto e ex-namorada | Foto: Reprodução
Uma confusão envolvendo as advogadas do caso do influenciador digital e advogado João Neto marcou o cumprimento de uma decisão judicial nesta quarta-feira (24). A ex-companheira de João, que o acusa de agressão, deveria reassumir a posse do imóvel onde ambos moravam, mas o cumprimento da ordem foi marcado por discussões, impasses jurídicos e a necessidade de intervenção da Polícia Militar.

De acordo com a advogada Júlia Nunes, representante da ex-companheira de João Neto, a Justiça havia determinado que o apartamento fosse ocupado exclusivamente pela mulher e seus familiares. No entanto, ao chegarem ao local, se depararam com a advogada de defesa de João Neto, que contestou a retirada da filha do casal, uma adolescente de 15 anos.

Segundo a defesa do influenciador, a jovem também reside no imóvel e não havia qualquer determinação para sua retirada. Já a advogada Júlia Nunes rebateu, afirmando que duas decisões judiciais determinavam claramente a posse exclusiva da ex-companheira e que a adolescente, segundo ela, "nunca residiu no imóvel" e teria residência fixa em outro local.

O impasse gerou horas de discussão, tanto na entrada do prédio quanto dentro do condomínio. A situação precisou ser contida pelo gerenciamento de crise da Polícia Militar, acionado para evitar maiores confrontos.

Ainda de acordo com Júlia Nunes, já no início da noite foi emitida uma nova decisão judicial reforçando o direito da ex-companheira de retornar ao imóvel. No entanto, como o horário ultrapassava as 18h, a entrada no apartamento teve que ser adiada.

O caso João Neto

João Neto, advogado e influenciador digital com mais de um milhão de seguidores nas redes sociais, está preso preventivamente desde o início do mês. Ele é investigado por agredir a ex-companheira durante um episódio registrado em vídeo, no qual aparece tentando retirá-la à força do apartamento onde ambos viviam. Nas imagens, é possível ver os dois caindo ao chão, o que teria causado ferimentos no rosto da mulher.

Outro vídeo, captado por câmeras de segurança do prédio, mostra marcas de sangue no corredor após o incidente. A vítima precisou ser levada ao hospital e recebeu atendimento médico. João Neto foi preso em flagrante e teve a prisão convertida em preventiva.

Trump critica Zelensky por declaração sobre Crimeia e diz que “estamos perto de um acordo” para fim da guerra

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Zelensky e Trump | Foto: Andrew Harnik/Getty Images
O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a se pronunciar sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia, desta vez criticando duramente declarações do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ao The Wall Street Journal. Por meio de sua rede social Truth Social, Trump afirmou nesta quarta-feira (23) que as falas de Zelensky são “prejudiciais às negociações de paz” e culpou o ex-presidente Barack Obama pela perda da Crimeia em 2014.

A crítica foi motivada pela declaração de Zelensky de que “a Ucrânia não reconhecerá legalmente a ocupação da Crimeia. Não há nada para discutir aqui”. O território, anexado pela Rússia em 2014, é uma das questões centrais do atual conflito.

Trump reagiu alegando que a Crimeia “foi perdida anos atrás sob os auspícios do presidente Barack Hussein Obama” e que “nem sequer é um ponto de discussão”. Segundo ele, se Zelensky desejava manter o território, a Ucrânia “deveria ter lutado por ele onze anos atrás, quando foi entregue sem que um tiro fosse disparado”.

O republicano, que busca retornar à presidência nas eleições de 2024, disse ainda que “são declarações inflamatórias como as de Zelensky que tornam tão difícil resolver esta guerra”. Ele classificou a situação ucraniana como “terrível” e advertiu: “Ele pode ter paz ou pode lutar por mais três anos antes de perder o país inteiro”.

Trump também afirmou que, apesar de não ter “nada a ver com a Rússia”, seu objetivo é evitar mortes desnecessárias. “Cinco mil soldados russos e ucranianos morrem, em média, por semana, sem motivo algum”, disse. Para ele, a postura do presidente ucraniano apenas contribui para a manutenção do que chamou de “campo da morte”.

Em tom de autoconfiança, Trump concluiu sua publicação afirmando que “estamos muito perto de um acordo” e sugeriu que, se estivesse na presidência, o conflito “nunca teria começado”. Ele disse estar disposto a ajudar ambos os países a encontrar uma saída para o que chamou de “confusão completa e total”.

Encontrado corpo de jovem que estava desaparecida; amiga foi achada morta dias antes

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Micaela (à esquerda) foi encontrada morta nesta quarta-feira (23) e Vitória (à direita) teve o corpo localizado na última semana - Arquivo Pessoal
A angústia da família e amigos de Micaela da Silva Araújo Cavalcante, de 25 anos, chegou ao fim de forma trágica nesta quarta-feira (23). A jovem, que estava desaparecida desde o dia 16 de abril, foi encontrada morta no município de São Miguel dos Campos, na Zona da Mata de Alagoas.

Micaela desapareceu na mesma data que sua amiga, Vitória Stefani da Silva, também de 25 anos, ambas residentes em Marechal Deodoro. O corpo de Vitória já havia sido localizado dois dias após o desaparecimento, em um canavial às margens da AL-101 Sul, entre as cidades de Roteiro e Barra de São Miguel.

As investigações sobre o caso seguem sob a responsabilidade da delegada Juliane Santos, do 10° Segmento de Homicídios e Proteção à Pessoa da Polícia Civil de Alagoas. Até o momento, a autoria e a motivação por trás dos assassinatos das duas jovens permanecem desconhecidas.

Em nota, a Polícia Civil informou que "novas informações serão repassadas assim que possível, respeitando o andamento das investigações".

Suposto namorado de Micaela havia sido preso

Na terça-feira (22), um jovem de 22 anos foi detido sob suspeita de envolvimento no desaparecimento de Vitória Stefani e Micaela Araújo. Segundo informações, ele seria namorado de Micaela. A prisão do suspeito representa um novo capítulo nas investigações, que buscam elucidar o trágico destino das duas jovens.

MP recomenda exoneração de guardas municipais contratados irregularmente e recolhimento de armas em União dos Palmares

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Prefeitura de União dos Palmares | Foto: Reprodução
O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL) emitiu uma Recomendação formal à Prefeitura de União dos Palmares com a exigência de medidas imediatas para corrigir irregularidades graves na estrutura da Guarda Municipal. A Promotora de Justiça Ariadne Dantas Meneses, responsável pela ação, determinou o afastamento de servidores contratados de forma precária, a devolução de armas de fogo utilizadas de maneira irregular e o respeito estrito às atribuições legais da corporação.

A medida é resultado do Inquérito Civil nº 06.2024.00000289-9, instaurado para apurar diversas ilegalidades, incluindo contratações sem concurso público, uso de servidores desviados de função, falta de regulamentação, além da realização de atividades que extrapolam as competências da Guarda Municipal, como operações de policiamento ostensivo, próprias da Polícia Militar.

O MP destacou que apenas servidores efetivos, aprovados em concurso público e com formação específica, podem exercer a função de guarda municipal, conforme os artigos 9º e 15 da Lei nº 13.022/2014 (Estatuto Geral das Guardas Municipais). Além disso, ressaltou que o uso de armas de fogo está condicionado a critérios rigorosos estabelecidos pelo Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/2003) e pelo Decreto nº 11.615/2023, que exigem formação funcional adequada, corregedoria independente e ouvidoria autônoma nas corporações.

Na Recomendação, a promotora exige que a Prefeitura apresente, em até 15 dias, um cronograma para a realização de concurso público visando o preenchimento dos cargos vagos. Também solicita que seja restabelecido o foco das ações da Guarda Municipal, limitado à proteção dos bens, serviços e instalações do município, sem atuação em ações investigativas ou ostensivas.

Além disso, o Comando da Polícia Militar atuante no município foi acionado para reforçar a ordem pública e coibir possíveis abusos ou usurpações de competência por parte da Guarda Municipal. Caso os agentes municipais sejam flagrados portando armas ilegalmente, a PM deverá efetuar a prisão imediata dos envolvidos.

Segundo o MP, o não cumprimento da Recomendação poderá acarretar a adoção de medidas judiciais e extrajudiciais contra os responsáveis. A Promotora Ariadne Meneses reforça que o objetivo da iniciativa é garantir a legalidade e prevenir responsabilizações civis, administrativas e criminais decorrentes do atual modelo irregular de funcionamento da Guarda Municipal.

A Prefeitura de União dos Palmares e os demais órgãos citados têm até o final do mês para responder oficialmente às solicitações do Ministério Público.

Leia os documentos na íntegra: 




 

Justiça determina remoção de ônibus escolar que tombou na Serra da Barriga após quatro meses de inércia

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Ônibus envolvido no acidente | Foto: Reprodução
Quatro meses após o trágico acidente ocorrido na Serra da Barriga, em União dos Palmares, que deixou 20 mortos e 18 feridos, o Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL) conseguiu na Justiça uma decisão que obriga o Estado e o Município a removerem, em até 72 horas, o ônibus envolvido na tragédia. O veículo, pertencente à frota escolar municipal, permanece tombado em uma área de difícil acesso desde o dia 24 de novembro de 2024.

A Ação Civil Pública com pedido de liminar foi ajuizada pela promotora de Justiça Ariadne Dantas, da 2ª Promotoria de Justiça de União dos Palmares. Segundo ela, a permanência do veículo no local compromete a realização da perícia técnica essencial para esclarecer as causas do acidente e identificar possíveis responsáveis. “É direito das vítimas e da sociedade conhecerem as causas do acidente, que teve consequências devastadoras”, declarou a promotora.

O juiz Vinicius Garcia Modesto, ao deferir o pedido, reconheceu a urgência da medida e criticou a omissão do Estado e da Prefeitura. “A permanência do veículo em local de difícil acesso, exposto às intempéries, pode deteriorar elementos essenciais à perícia técnica”, afirmou. A decisão determina que as autoridades atuem de forma solidária ou em regime de cooperação para retirar o ônibus da mata, garantir sua guarda e viabilizar o trabalho dos peritos do Instituto de Criminalística.

A promotora Ariadne Dantas também alertou para os riscos ambientais gerados pela permanência do veículo no local, incluindo vazamentos de combustíveis e fluidos tóxicos que ameaçam o ecossistema da Serra da Barriga, área considerada de preservação ambiental.

Além das consequências humanas e ambientais, o caso também revela possíveis irregularidades no uso do veículo. De acordo com apuração do MP, o ônibus, fabricado em 2008 e destinado exclusivamente ao transporte escolar, era utilizado de forma irregular para conduzir turistas ao evento “Pôr do Sol na Serra”. O coletivo operava acima da capacidade máxima permitida — de 37 passageiros — e já ultrapassava o limite de idade para circulação estabelecido pela Instrução Normativa nº 1 do Detran/AL, que restringe a operação de veículos escolares a no máximo 15 anos, mediante inspeções semestrais.

A falta de perícia mecânica até o momento, segundo a promotora, impede o avanço do inquérito policial e reforça o sentimento de impunidade. “Estamos diante de um caso grave, que enlutou vinte famílias. A falta de ação dos entes públicos agrava ainda mais a dor dessas pessoas”, finalizou Ariadne Dantas.

O caso segue sob investigação e poderá resultar em responsabilizações tanto na esfera criminal quanto cível.

Polícia Civil investiga morte de recém-nascido encontrado em São Luís do Quitunde

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Polícia Científica de Alagoas | Foto: Reprodução
A Polícia Civil de Alagoas instaurou um inquérito para apurar as circunstâncias da morte de um recém-nascido encontrado na cidade de São Luís do Quitunde. As autoridades policiais estão em diligências para coletar imagens de câmeras de videomonitoramento e ouvir possíveis testemunhas que possam ter presenciado o momento em que o bebê foi abandonado.

Segundo informações do delegado Francisco Torquato, responsável pela investigação, a criança foi encontrada ainda com o cordão umbilical. A Polícia Civil trabalha com duas hipóteses principais: se o bebê nasceu com vida e foi posteriormente abandonado, ou se o caso se trata de natimorto.

O delegado informou que a Polícia Civil aguarda os resultados dos laudos periciais que estão sendo realizados pela Polícia Científica. Esses exames serão cruciais para determinar a causa da morte do recém-nascido e fornecer mais detalhes sobre o caso. A investigação busca identificar os responsáveis pelo abandono e, caso confirmado o nascimento com vida, pela morte da criança.

STF aceita denúncia contra "Núcleo 2" do Golpe de 8 de Janeiro; Bolsonaro citado

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Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal | Foto: Antonio Augusto/STF
Por unanimidade, os ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram nesta quarta-feira (23) aceitar a denúncia apresentada contra o chamado "núcleo 2" dos envolvidos na tentativa de golpe de Estado que culminou com os ataques às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023. Com a decisão, os seis integrantes deste grupo se tornam réus e responderão a uma ação penal no Supremo.

O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, votou pela aceitação da denúncia, sendo acompanhado integralmente pelos demais ministros da Primeira Turma: Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. 

Em seu voto, Moraes enfatizou que as investigações apontam para um papel ativo desempenhado pelos denunciados no planejamento das ações golpistas.

Um ponto central destacado por Moraes em seu voto foi a admissão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em entrevistas, de que teve acesso à minuta do golpe. Essa declaração reforça, segundo o ministro, a relevância das investigações sobre o planejamento e a instigação dos atos de 8 de janeiro.

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