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Governo de Alagoas anuncia corte de ponto e descontos para professores em greve

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Paulo Dantas durante manifestação de professores

Após mais de um mês de paralisação dos docentes da rede estadual, o Governo de Alagoas adotou medidas mais rigorosas contra o movimento grevista. Em nota divulgada nesta quinta-feira (31), a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) informou que os profissionais que não retomarem suas atividades a partir desta sexta-feira (1º) terão os dias não trabalhados descontados na folha de pagamento e o ponto cortado. A decisão atende a uma determinação do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), que declarou a greve ilegal com base no entendimento de que a educação configura um serviço essencial.

A reação do governo gerou forte repúdio entre os educadores, que classificam as ações como tentativa de criminalizar uma mobilização legítima por melhores condições de trabalho e reajuste salarial. O agravamento da situação foi intensificado após uma declaração do governador Paulo Dantas, durante evento público, considerada intimidatória por representantes da categoria. Em vídeo que circula nas redes sociais, o chefe do Executivo estadual afirmou: “aguardem o que vou fazer com vocês”.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal), além da retórica adotada pelo governador, o Executivo teria cogitado aplicar uma multa individual de R$ 500 a cada professor participante da paralisação, o que ampliou o clima de tensão entre a categoria.

No comunicado oficial, a Seduc argumenta que a adoção das medidas tem como finalidade assegurar a continuidade dos serviços educacionais e reduzir os prejuízos aos estudantes, mencionando o direito à merenda escolar e ao cumprimento do calendário letivo.

Entretanto, representantes do movimento alegam que o governo tem evitado manter um canal efetivo de diálogo com a categoria e tem recorrido, de forma reiterada, a decisões judiciais como forma de deslegitimar o movimento paredista.

“O debate não se resume à remuneração, mas envolve a valorização e o respeito à dignidade de quem se dedica diariamente à educação pública”, afirmou um dirigente sindical.

A greve já ultrapassa os 30 dias, e, até o momento, o governo estadual não apresentou proposta concreta de negociação. Para os professores, a conduta adotada pela administração tem sido interpretada como uma tentativa de encerrar a mobilização por meio de medidas coercitivas.

Ministério Público investiga cargos comissionados na Câmara de União dos Palmares

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Câmara de União dos Palmares
O Ministério Público de Alagoas instaurou um procedimento administrativo visando fiscalizar a proporção entre cargos efetivos e comissionados na Câmara Municipal de Vereadores de União dos Palmares. A investigação foi aberta pela 2ª Promotoria de Justiça do município.

O objetivo é verificar se está sendo respeitada a proporção entre cargos efetivos, que exigem concurso público, e cargos comissionados, que podem ser preenchidos por livre nomeação. A Constituição Federal estabelece que os cargos comissionados devem ser destinados apenas a funções de chefia, direção ou assessoramento, e dentro de um limite razoável.

A promotora de Justiça Jheise de Fátima Lima da Gama destacou decisões do Supremo Tribunal Federal que reforçam a necessidade de manter o equilíbrio entre os tipos de cargos. Um exemplo que reforça a preocupação com o excesso de cargos comissionados vem do julgamento do Recurso Extraordinário 365.368, analisado pelo Supremo Tribunal Federal. 

No caso, a Câmara de Blumenau havia criado diversos cargos de assessoramento parlamentar, resultando em 42 servidores comissionados para apenas 25 efetivos. O STF entendeu que essa desproporção violava os princípios da moralidade administrativa e da exigência de concurso público. A Corte afirmou que, embora o Judiciário não deva interferir no mérito dos atos administrativos, pode avaliar sua legalidade e finalidade. O julgamento serviu de alerta para que as administrações públicas respeitem os limites constitucionais.

Em União dos Palmares, o Ministério Público vai analisar se há desproporção que fere os princípios da legalidade, moralidade e eficiência na administração pública. A investigação também responde a um sentimento crescente entre a população, que há anos cobra a realização de concursos públicos na cidade, especialmente para garantir oportunidades justas e fortalecer o serviço público.
Entre as primeiras medidas adotadas estão a comunicação da abertura do procedimento ao Conselho Superior do MP, a publicação no Diário Oficial e o uso de informações já apuradas em uma Notícia de Fato anterior.

O procedimento reforça a importância de concursos públicos. A fiscalização pode resultar em recomendações ou até ações judiciais, caso irregularidades sejam encontradas.

Prefeita de Canapi tem mandato cassado e é declarada inelegível por oito anos por abuso de poder político e uso indevido das redes sociais

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Josélia de Zé Hermes (PP)

A Justiça Eleitoral da 27ª Zona, com sede no município de Mata Grande, determinou a cassação do diploma da prefeita de Canapi, Josélia Melo de Lima, conhecida como Josélia de Zé Hermes (PP), e a declarou inelegível pelo período de oito anos. A decisão foi proferida pelo juiz Flávio Vinícius Alves Cordeiro, que reconheceu a ocorrência de abuso de poder político e uso irregular dos meios de comunicação durante o pleito municipal de 2024.

A sentença atende a uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) apresentada por Lara Jayne Siqueira Barbosa Malta Brandão, a Lara de Tenorinho (PT), que concorreu à prefeitura na mesma eleição. Na ação, a candidata derrotada acusou Josélia e seus aliados de produzirem e compartilharem vídeos com conteúdo sabidamente falso em redes sociais, com o intuito de prejudicar sua imagem e favorecer a campanha adversária.

Entre os envolvidos estão o irmão da prefeita, o ex-prefeito José Hermes de Lima, e seu sobrinho, Vinícius José Mariano de Lima, que na época ocupava o cargo de prefeito. Segundo a denúncia, os vídeos continham acusações fabricadas contra Lara e seu marido, Luiz Celso Malta Brandão — o Tenorinho —, prefeito reeleito de Inhapi. As peças audiovisuais teriam sido produzidas a partir de documentos forjados, usados para simular denúncias apresentadas ao Ministério Público Federal (MPF) e à Polícia Federal (PF).

A decisão do magistrado confirma irregularidades que já haviam sido reconhecidas pela Justiça Eleitoral em decisões liminares durante o período eleitoral. Em setembro de 2024, o Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE/AL) condenou Josélia por propagar notícias falsas contra Lara, obrigando-a a excluir os conteúdos ofensivos e realizar retratação pública nas redes sociais. Na ocasião, o TRE entendeu que as publicações extrapolaram os limites da crítica política legítima e se configuraram como fake news com capacidade real de distorcer a vontade do eleitorado.

Além disso, dias antes dessa condenação, um apoiador da prefeita também foi penalizado com multa por espalhar mensagens falsas sobre Lara de Tenorinho em grupos de WhatsApp. Conforme apontado na sentença, o material divulgado visava ofender a honra da candidata adversária, com informações desprovidas de qualquer fundamento, comprometendo a lisura do processo eleitoral.

Com a cassação e a declaração de inelegibilidade, Josélia de Zé Hermes fica impedida de disputar cargos eletivos pelos próximos oito anos, marcando um desfecho judicial relevante nas eleições de 2024 em Canapi.


MP de Alagoas apura possível excesso de cargos comissionados na Câmara de Santana do Mundaú

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Câmara de Santana do Mundaú

A 2ª Promotoria de Justiça de União dos Palmares, vinculada ao Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL), instaurou um Procedimento Administrativo com o objetivo de verificar a relação entre cargos efetivos e comissionados na estrutura da Câmara Municipal de Santana do Mundaú. A iniciativa foi formalizada por meio da Portaria nº 0009/2025/02PJ-UPalm, assinada em 24 de julho pela promotora Jheise de Fátima Lima da Gama.

O foco da investigação é apurar se há uso indevido dos cargos comissionados, que, de acordo com o artigo 37 da Constituição Federal, devem ser destinados exclusivamente às funções de direção, chefia e assessoramento. O procedimento tem como base os princípios constitucionais da moralidade administrativa, proporcionalidade e a obrigatoriedade de concurso público como regra para ingresso no serviço público.

No documento, a promotora ressalta que a criação de cargos de livre nomeação deve obedecer a critérios de equilíbrio, e destaca entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), que, ao julgar o Recurso Extraordinário 365.368/SC, fixou que o número de cargos comissionados não pode superar, em desproporção, os postos efetivos, sob risco de violação aos princípios da moralidade e da impessoalidade.

A promotoria indica que, idealmente, deve haver paridade entre as duas categorias, sendo recomendável a existência de um cargo comissionado para cada efetivo. Com base nesse parâmetro, foram determinadas três providências imediatas:

  1. Notificação da instauração do procedimento ao Conselho Superior do Ministério Público;

  2. Publicação da portaria no Diário Oficial, respeitando o princípio da publicidade;

  3. Envio de ofício à Câmara Municipal de Santana do Mundaú, solicitando informações atualizadas sobre o número de servidores efetivos e comissionados.

Segundo a promotora Jheise da Gama, a fiscalização da composição funcional da Câmara é essencial para assegurar que os cargos de confiança estejam sendo criados e ocupados conforme determina a Constituição, evitando nomeações sem embasamento técnico e garantindo a legalidade e eficiência da administração pública.

Justiça determina que JHC autorize em 24 horas obra de residencial no Benedito Bentes após um ano de espera

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JHC
A Justiça de Alagoas concedeu, nesta quarta-feira, uma decisão que obriga o prefeito de Maceió, JHC, a assinar, em até 24 horas, a autorização indispensável para o início das obras de um conjunto habitacional no bairro Benedito Bentes. A medida foi tomada após mais de um ano de inércia por parte da gestão municipal, o que levou o Governo do Estado a recorrer ao Judiciário para não perder o projeto.

O empreendimento, que visa à construção de moradias populares na região conhecida como “Biu”, já possui recursos assegurados e planejamento técnico finalizado. No entanto, a execução das obras segue travada pela ausência de assinatura do prefeito, condição imprescindível para a continuidade do processo. Segundo informações do governo estadual, a falta de posicionamento da prefeitura ameaça diretamente a implantação do residencial e, por consequência, o direito à moradia para centenas de famílias da localidade.

A demora da administração municipal também lança dúvidas sobre o andamento de outros projetos habitacionais na capital, como o Residencial Santa Amélia, que enfrenta situação semelhante e segue sem avanços significativos. A paralisação tem sido alvo de críticas por parte de lideranças comunitárias e representantes do setor de habitação, que acusam o prefeito de negligência e de comprometer o acesso de famílias carentes a uma moradia digna.

“Estamos lidando com um direito fundamental, que é o direito à habitação. Não é admissível que o governo estadual precise recorrer à Justiça sempre que a prefeitura decide se omitir”, declarou um membro da equipe estadual envolvida no projeto.

A decisão judicial tem como objetivo impedir que os recursos já reservados para o residencial sejam redirecionados a outros municípios, além de evitar prejuízos ao cronograma de execução da obra. Até o momento, a prefeitura de Maceió não emitiu nenhum posicionamento oficial sobre o cumprimento da determinação.

Trump pressiona Brasil com sanções e ameaça tarifas: crise revela embate político internacional

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Donald Trump

Desde o início da crise diplomática, o que se desenha entre Brasil e Estados Unidos vai além de um impasse econômico — trata-se, na essência, de uma disputa política. A escalada ganhou um novo capítulo com a decisão do governo norte-americano de aplicar a Lei Magnitsky para sancionar o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. O gesto envia um recado claro: a promessa de Donald Trump de anunciar sanções econômicas contra o Brasil até a próxima sexta-feira, 1º de agosto, não parece ser um blefe.

Em suas redes sociais, Trump publicou em letras garrafais um apelo para que a “caça às bruxas” contra Jair Bolsonaro seja encerrada “IMEDIATAMENTE”. Mais que uma declaração, a mensagem soou como um ultimato — algo inadmissível quando dirigido a um país soberano, com instituições autônomas e um sistema legal próprio.

A postura do ex-presidente dos Estados Unidos sinaliza que, desta vez, ele pretende romper com o estigma de “TACO” — apelido que o acompanha por supostamente voltar atrás em ameaças e decisões mais duras. Ao que tudo indica, ele deseja provar que não recuará, mesmo que isso signifique impor sérios prejuízos ao Brasil.

Com essa estratégia, Trump tenta se desvencilhar da imagem de líder vacilante, buscando reafirmar autoridade mesmo ao custo de romper com mais de dois séculos de relações diplomáticas entre as duas nações. Ignora, nesse caminho, os impactos que medidas como uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros podem ter, tanto para a economia nacional quanto para o consumidor médio norte-americano, que poderá sentir o aumento nos preços de produtos como suco de laranja e café.

A motivação por trás do gesto também tem raízes internas: a influência do deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, que tem utilizado seu mandato para sustentar uma narrativa internacional em defesa do pai. Eduardo, cujo foco parece estar exclusivamente na proteção da própria família, atua sem considerar as consequências mais amplas de seus atos — que atingem não apenas o Brasil, mas também afetam o bolso do consumidor norte-americano. A gravidade da situação exige, segundo críticos, uma resposta firme e proporcional.

O gesto de Trump, ao adotar um discurso de enfrentamento e tentar colocar o Brasil contra a parede, deixa evidente sua disposição de pressionar economicamente o país sob o pretexto de defender a democracia — uma ironia, considerando que repete declarações que ecoam o discurso de Eduardo Bolsonaro, político que tenta evitar a responsabilização do pai por cinco crimes graves, incluindo tentativa de golpe de Estado.

Por fim, ao ameaçar a estabilidade econômica do Brasil e lançar dúvidas sobre a solidez do bloco dos BRICS, Trump parece encontrar na crise uma oportunidade de enfraquecer alianças estratégicas. No entanto, ao agir dessa forma, subestima a posição do governo brasileiro. Caso tenha realmente lido o New York Times nesta terça-feira, compreendeu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não está disposto a ceder a pressões nem a chantagens, por mais ruidosas que sejam.

João Caldas assume comando nacional da Democracia Cristã com respaldo unânime dos diretórios estaduais

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João Caldas durante cerimônia de posse | Foto: Reprodução
O ex-deputado federal João Caldas foi escolhido, com maioria absoluta dos votos, como o novo presidente nacional da Democracia Cristã (DC). Natural de Alagoas, ele assume o lugar de José Maria Eymael, que esteve à frente da sigla por décadas.

Ao comentar sua eleição, Caldas ressaltou o apoio unânime dos diretórios estaduais e destacou os planos de fortalecimento da legenda em todo o país. “Vamos crescer. Teremos candidatos em todos os estados. O avanço da Democracia Cristã será visível”, garantiu.

Durante a coletiva, o novo presidente foi questionado sobre a possibilidade de o atual prefeito de Maceió, JHC, disputar o governo de Alagoas com apoio da DC. Ele adotou um tom reservado. “Não sei, tudo pode acontecer. JHC tem sua trajetória política própria. Ele pertence ao PL, que é um partido estruturado e influente. Cabe a ele decidir seus rumos”, ponderou.

Indagado sobre os próximos passos de sua gestão e do grupo político que representa, Caldas preferiu adotar cautela. “Acabei de assumir. Vamos por etapas”, disse.

Com a nova função, João Caldas passa a integrar o grupo de alagoanos que hoje ocupam postos de relevância na política em nível nacional.

TRE-AL mantém condenação de procurador por denunciação caluniosa nas eleições de 2020

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Procurador federal Emanuel Paulo da Silva

O Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL) decidiu, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração apresentados pela defesa do procurador federal Emanuel Paulo da Silva, mantendo sua condenação por denunciação caluniosa com motivação eleitoral. O julgamento ocorreu nesta segunda-feira (28), em Maceió, sob relatoria do desembargador Milton Gonçalves Ferreira Netto.

A Corte reafirmou a sentença anterior que impôs ao procurador uma pena de 2 anos e 9 meses de reclusão, já substituída por medidas alternativas, como prestação de serviços à comunidade e o pagamento de 30 salários mínimos. A condenação teve origem em falsas acusações feitas por Emanuel Paulo contra a juíza Soraya Maranhão e o chefe de cartório José Carlos Ramalho, a quem ele atribuiu, sem provas, a prática de fraude nas eleições municipais de 2020, em União dos Palmares.

Durante a sessão, o relator ressaltou que, como não houve mudança no entendimento anteriormente adotado pela Corte, o regimento permite que os embargos sejam julgados diretamente em mesa. “Conheço e rejeito o recurso, inclusive porque a parte contrária saiu vencedora e nem demonstrou interesse em se manifestar”, afirmou o desembargador, sendo acompanhado por todos os demais membros do Pleno.

A Procuradoria Regional Eleitoral também se posicionou contra a aceitação do recurso, argumentando que não havia qualquer omissão, contradição ou obscuridade na decisão contestada. Dessa forma, os embargos foram integralmente rejeitados.

O advogado Antônio Alexandre de Lima Castro, que representa o procurador, realizou sustentação oral e voltou a defender que seu cliente agiu dentro do direito de petição, além de levantar um suposto impedimento da magistrada no início do processo. No entanto, essas alegações já haviam sido descartadas nas decisões anteriores da Corte.

Apesar da nova derrota, a defesa de Emanuel Paulo ainda pode apresentar recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Articulador do acordão em Brasília, João Caldas mira retorno à Câmara Federal

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JHC e João Caldas
O protagonismo de João Caldas nas articulações políticas que vêm sendo construídas em Brasília tem se tornado cada vez mais evidente — mesmo para quem observa de fora. Seu envolvimento não apenas foi fundamental, como serviu de ponto de partida para os primeiros diálogos entre os principais atores do chamado “acordão”.

Caladas contou com o respaldo estratégico de Fernando Farias, atual senador que ocupa a vaga deixada por Renan Filho, o que fortaleceu ainda mais sua influência nas costuras políticas.

Como contrapartida por seu papel de articulação, João Caldas — também conhecido como “o grito do campo” — se prepara para disputar novamente uma cadeira na Câmara dos Deputados. Ele já demonstrou, em mandatos anteriores, que sabe como se mover nos bastidores do Congresso Nacional.

Em Brasília, JC já deixou claro que sabe jogar o jogo — e agora quer voltar ao tabuleiro com força.


Davi Davino confirma pré-candidatura ao Senado e reafirma apoio a Nivaldo Albuquerque

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Davi Davino
De forma direta e sem hesitações, o ex-deputado Davi Davino confirmou sua intenção de disputar uma vaga no Senado nas eleições do próximo ano. Filiado ao Republicanos, ele afirmou contar com respaldo tanto da direção nacional do partido, liderada pelo deputado Marcos Pereira, quanto do comando estadual, sob responsabilidade de Antônio Albuquerque.

“O compromisso é objetivo: serei candidato ao Senado pelo Republicanos e, em contrapartida, apoio a candidatura de Nivaldo Albuquerque para deputado federal por Maceió”, declarou Davino.

Na eleição de 2022, Davi protagonizou um episódio marcante ao derrotar o então candidato e atual ministro Renan Filho na capital alagoana durante a disputa pelo Senado, apesar de não ter conseguido reverter a vantagem do adversário no interior do Estado.

Questionado sobre articulações políticas envolvendo JHC, os Calheiros e o presidente da Câmara, Arthur Lira, em um possível acordo nacional com reflexos em Alagoas, Davi afirmou não ter recebido qualquer contato sobre o assunto. “Tudo o que sei é o que saiu na imprensa. Ninguém me procurou para tratar disso”, afirmou.

A entrada de Davino na corrida ao Senado promete movimentar o cenário eleitoral, que, até o momento, tem como principais favoritos os nomes de Renan Calheiros e Arthur Lira, considerados fortes para as duas vagas em disputa.

TRE-AL decide por retorno de Siderlane Mendonça à Câmara de Maceió

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Vereador Siderlane Mendonça | Foto: Reprodução
O vereador Siderlane Mendonça (PL) está autorizado a reassumir sua cadeira na Câmara Municipal de Maceió após decisão favorável do Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL), proferida nesta segunda-feira (28). O julgamento, encerrado com um placar apertado de quatro votos a três, analisava o habeas corpus protocolado por sua defesa e resultou no retorno imediato ao mandato.

O parlamentar estava afastado desde abril deste ano, por determinação da 2ª Vara Eleitoral, atendendo a uma solicitação da Polícia Federal no contexto da Operação Falácia. A investigação apura a atuação de uma suposta organização criminosa envolvida em práticas ilícitas como corrupção, lavagem de dinheiro e crimes eleitorais.

Segundo informações da Polícia Federal, Siderlane Mendonça é apontado como o principal articulador do grupo investigado. A Operação Falácia foi deflagrada para desarticular o esquema, o que levou ao afastamento temporário do vereador das funções legislativas.

Com a decisão do Pleno do TRE-AL, Siderlane retorna ao cargo enquanto o processo segue em tramitação. A votação dividida evidencia a complexidade do caso e o peso dos argumentos apresentados tanto pela defesa quanto pelo Ministério Público.

Silêncio de JHC alimenta especulações sobre acordo com Lula e disputa ao governo de Alagoas

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Prefeito de Maceió, JHC

A possível articulação entre o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), continua gerando expectativas e dúvidas no cenário político alagoano. Amplamente divulgada e até o momento não desmentida pelos envolvidos, a informação de que JHC teria firmado um acordo com o presidente da República para abrir mão de disputar o governo do Estado em 2026 e, em troca, apoiar o nome do senador e ministro dos Transportes, Renan Calheiros Filho (MDB), permanece sem confirmação oficial.

No centro da negociação estaria a nomeação da procuradora de Justiça do Ministério Público de Alagoas, Marluce Caldas — tia do prefeito — para o cargo de ministra do Tribunal de Contas da União (TCU). O gesto, visto como um aceno político importante, teria sido intermediado pelo próprio Lula, como forma de selar o entendimento com JHC.

A indicação de Marluce chegou ao Senado Federal, responsável por sabatinar e aprovar os nomes para o TCU, acompanhada de imagens e registros nas redes sociais que mostram Lula, JHC e outros atores políticos no ato simbólico que fortaleceu as especulações sobre o acordo.

No entanto, passadas duas semanas desde a circulação da notícia, o prefeito segue sem comentar publicamente o assunto. Permanece filiado ao PL, não declarou apoio a nenhum pré-candidato ao governo e, ao mesmo tempo, segue ampliando sua base na Câmara Municipal de Maceió, como quem se prepara para um projeto eleitoral mais robusto — possivelmente em 2026.

Enquanto o prefeito evita declarações sobre seu futuro político, aliados mais próximos garantem que a pré-candidatura ao governo está mantida e que ele deve deixar o cargo em abril do próximo ano para disputar o Executivo estadual.

O silêncio de JHC, portanto, alimenta as incertezas e mantém a tensão no tabuleiro político alagoano. Resta saber se ele seguirá o suposto compromisso firmado nos bastidores de Brasília ou se optará por enfrentar as urnas em busca do comando do Palácio República dos Palmares.

Lançamento antecipado de Paulinho Mendonça expõe dilema político entre Paulo Dantas e Marina Dantas

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Marina Dantas

O anúncio precoce do apoio do governador Paulo Dantas ao nome de Paulinho Mendonça como pré-candidato a deputado estadual levantou questionamentos imediatos nos bastidores da política alagoana — inclusive entre aliados. Uma das dúvidas mais recorrentes gira em torno do futuro político de Marina Dantas, ex-primeira-dama do estado, que também demonstra interesse em disputar uma vaga na Assembleia Legislativa em 2026.

Fontes próximas ao governador consultadas pelo blog apontam que a antecipação da candidatura de Paulinho não foi um movimento isolado, tampouco casual. A decisão teria sido tomada com base em estratégias cautelosas, considerando possíveis entraves judiciais que Marina poderá enfrentar no processo eleitoral — não apenas em âmbito estadual, mas em instâncias federais.

Embora a separação entre Paulo Dantas e Marina Dantas seja de conhecimento público e fartamente noticiada, o vínculo entre ambos ainda pode levantar questionamentos legais quanto à elegibilidade da ex-primeira-dama. A ampla divulgação da ruptura conjugal, inclusive na imprensa, pode ser utilizada por Marina como argumento jurídico para viabilizar sua candidatura.

No entanto, a realidade política é clara: ambos compartilham a mesma base eleitoral, mas a estrutura administrativa do governo — e, consequentemente, o poder da máquina pública — está atualmente sob o controle de Paulo Dantas. Nesse cenário, Paulinho Mendonça surge como o beneficiado direto da movimentação política, com potencial para conquistar uma cadeira no Legislativo estadual com o apoio institucional do Palácio República dos Palmares.

Ainda que a aposta em Paulinho possa provocar desconfortos no campo pessoal, sobretudo entre os que acompanham de perto a dinâmica familiar (ou ex-familiar) do governador, a movimentação é vista como uma estratégia pragmática e eficaz para assegurar presença e influência política na ALE em 2026.

Ala do MDB aposta em Renan Filho para vice de Lula nas eleições de 2026

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Renan Filho e Lula
Dentro do MDB, diferentes correntes começam a se movimentar com vistas às eleições presidenciais de 2026, revelando uma divisão interna sobre qual rumo o partido deve seguir. Um grupo expressivo defende a indicação do atual ministro dos Transportes e senador licenciado por Alagoas, Renan Filho, como vice na chapa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que buscará a reeleição.

Por outro lado, outra ala significativa do partido articula apoio ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), caso ele decida lançar candidatura ao Palácio do Planalto. Além dessas possibilidades, setores do MDB ainda cogitam lançar um nome próprio ou até mesmo se alinhar a um candidato do campo da direita, conforme apurou a jornalista Vera Rosa, do jornal O Estado de S. Paulo.

Apesar da movimentação pró-Renan Filho, a concretização de sua principal ambição política — compor a chapa presidencial como vice — parece pouco provável neste momento. O presidente Lula sinaliza claramente a intenção de manter Geraldo Alckmin (PSB) como seu companheiro de chapa em 2026. O atual vice é visto com bons olhos no núcleo petista por seu perfil discreto, confiável e por manter um diálogo fluido com o setor empresarial, qualidade reforçada recentemente diante da repercussão do tarifaço anunciado pelo presidente norte-americano Donald Trump contra produtos brasileiros.

A única hipótese de mudança na composição da chapa presidencial seria a ocorrência de uma articulação política inesperada de última hora, algo que, por ora, não está no horizonte.

Quanto à postura oficial do MDB, a tendência é repetir a estratégia adotada nas últimas eleições presidenciais: liberar seus filiados para apoiarem candidatos de sua preferência, priorizando o fortalecimento da bancada do partido no Congresso Nacional.


Corte histórico no Bolsa Família: governo Lula elimina 855 mil beneficiários em julho e programa atinge menor número de famílias desde 2022

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Bolsa Família

Na segunda metade de 2025, o governo federal, sob a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), intensificou o processo de revisão cadastral no Bolsa Família. Como resultado, entre os meses de junho e julho, 855 mil famílias deixaram de receber o benefício — o maior corte registrado em um único mês desde a criação do programa social.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, a justificativa para a redução significativa estaria, em grande parte, no aumento da renda de muitos beneficiários. No entanto, esse argumento não elimina as dúvidas sobre o tamanho da queda. Em condições normais, o programa apresenta um fluxo contínuo de entradas e saídas, mantendo a base de beneficiários praticamente estável mês a mês, com pequenas oscilações.

A retração abrupta indica, possivelmente, a realização de uma operação concentrada para bloquear cadastros considerados irregulares e adiar a liberação de novos auxílios. Hoje, o Bolsa Família atende aproximadamente 19,6 milhões de famílias. No início do governo Lula, esse número era 2,3 milhões maior.

Com o corte recente, o número de famílias contempladas voltou ao patamar de julho de 2022, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). À época, às vésperas das eleições, o então mandatário ampliou o número de beneficiários de forma extraordinária, como tentativa de aumentar sua aprovação popular.

Esse aumento provocou um salto expressivo nos custos do programa. Em janeiro de 2022, o Auxílio Brasil (como era chamado na gestão anterior) demandava R$ 3,7 bilhões por mês. No final daquele ano, o gasto mensal atingiu R$ 13 bilhões. O ápice ocorreu em junho de 2023, já sob o nome de Bolsa Família, quando os desembolsos mensais chegaram a R$ 15 bilhões. Desde então, os valores foram estabilizados em torno de R$ 14 bilhões, mas agora dão sinais de retração.

Orçamento apertado impõe cortes

A necessidade de ajuste nas despesas também pesa na decisão. Para 2025, o orçamento aprovado para o Bolsa Família é de R$ 158,6 bilhões — inferior aos R$ 168,2 bilhões empenhados em 2024, segundo dados do sistema Siga Brasil. Com menos recursos disponíveis, o número de famílias atendidas precisou ser reduzido.

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social, a modernização do Cadastro Único e o uso mais eficaz do cruzamento de dados com bases do governo federal, como o CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais), estão tornando o processo de fiscalização mais rigoroso. Um dos avanços destacados é a atualização automática das informações de renda familiar.

Desde o início da atual administração, 8,6 milhões de cadastros foram excluídos do programa. Os critérios exatos para essas exclusões, no entanto, não foram detalhados publicamente.

Além disso, havia em abril deste ano cerca de 473 mil famílias em situação de pré-habilitação para receber o benefício. Indícios apontam que essa fila está sendo represada, enquanto o governo avalia o cenário fiscal e avança na triagem cadastral. Os dados mais recentes sobre o andamento dessa fila ainda não foram divulgados.

Cadê o Kil? Júnior Menezes oficializa apoio a Arthur Lira ao Senado e escancara rompimento com ex-prefeito

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Arthur Lira e Júnior Menezes | Foto: Reprodução - Redes sociais

Durante um jantar político realizado em União dos Palmares, o prefeito Júnior Menezes reafirmou publicamente seu apoio à pré-candidatura do deputado federal Arthur Lira (PP-AL) ao Senado da República. O encontro, marcado por discursos e movimentações eleitorais voltadas para as eleições de 2026, contou com a presença de Arthur Lira e de diversas lideranças políticas do município.

Na ocasião, Júnior Menezes enfatizou a importância de sua aliança com o ex-presidente da Câmara e confirmou que caminhará ao lado de Lira na corrida por uma vaga no Senado. O evento reforçou os laços entre o grupo político local e o parlamentar alagoano, apontando para um alinhamento estratégico com vistas ao próximo pleito.

No entanto, um detalhe não passou despercebido: a ausência do ex-prefeito Areski de Freitas, o “Kil de Freitas”, chamou atenção dos presentes. Kil, responsável por articular a candidatura de Júnior à prefeitura e considerado peça-chave na ascensão do atual gestor, não foi convidado para o jantar — fato que, para muitos, representa um rompimento definitivo entre os dois.

Aliados interpretaram a exclusão como um sinal explícito de que Kil de Freitas está sendo deixado de lado pelo grupo atualmente no poder. O gesto de Júnior Menezes, ao reunir nomes expressivos da política palmarina e ignorar seu antigo padrinho político, mostra o isolamento de Kil e marca um novo capítulo no cenário político de União dos Palmares.

Comando do PSD por Dantas e Marcelo Victor pode esvaziar bancada do MDB na Assembleia Legislativa de Alagoas

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Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas

Sob a liderança de Paulo Dantas e Marcelo Victor, o PSD ganha força em Alagoas e pode abalar a estrutura política do MDB, partido que atualmente detém a maioria das cadeiras na Assembleia Legislativa do Estado. Com a consolidação do grupo kassabista, é crescente a expectativa de que alguns deputados estaduais eleitos pela legenda ligada aos Calheiros migrem para o novo bloco.

Nas eleições de 2022, o MDB elegeu 14 dos 27 parlamentares da Casa de Tavares Bastos, resultado robusto que, à época, foi impulsionado pela ausência de controle do União Brasil por parte de Dantas e Marcelo Victor — sigla que acabou sob o comando de Rodrigo Cunha, frustrando os planos da dupla.

Agora, o cenário é outro. O presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Victor, tem sinalizado o desejo de construir um caminho político com mais autonomia, buscando se afastar da influência direta de Renan Calheiros e de seu filho, o senador Renan Filho. A chamada “janela da infidelidade partidária” é vista como a ocasião ideal para esse reposicionamento, sem a necessidade de um rompimento formal.

A intenção não é, ao menos por enquanto, cortar os laços com o grupo dos Calheiros — inclusive, Dantas e Marcelo esperam que Renan Filho mantenha sua palavra de disputar o governo estadual nas próximas eleições. O que se busca é afirmar, de maneira cada vez mais evidente, que há um novo bloco político em atuação no estado, comandado por outras lideranças.

Embora, na aparência, tudo ainda pareça uma única frente, os bastidores revelam a formação de uma articulação própria, com pretensões de protagonismo nas futuras disputas eleitorais em Alagoas.

Militares pressionam Lula a encerrar a crise com os EUA

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Lula

A crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos, agravada pela recente “guerra tarifária”, acendeu um sinal de alerta nos altos escalões das Forças Armadas. De acordo com reportagem publicada neste domingo (22/07) pelo site DefesaNet, o ambiente entre generais, almirantes e brigadeiros é de inquietação generalizada. O temor? Que um possível rompimento nas relações com os norte-americanos provoque um colapso logístico e operacional em toda a estrutura de defesa do país.

Os militares afirmam que, sem o apoio tecnológico vindo dos Estados Unidos, o Brasil pode perder sua capacidade de resposta em cenários estratégicos — situação que já está sendo chamada nos bastidores de “apagão militar”. A advertência não é nova: remonta aos dias que sucederam os ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023, quando parte do Alto Comando chegou a flertar com a adesão ao levante. No entanto, a interferência direta do governo Joe Biden, por meio de emissários como Jake Sullivan, conselheiro de Segurança Nacional, e Juan González, assessor especial para a América Latina, teria sido fundamental para o recuo das tropas. O recado era claro: Washington confiava na neutralidade das Forças Armadas brasileiras, mas acompanhava os desdobramentos com preocupação.

A escalada atual, no entanto, tem outro foco. O receio, segundo o site, é que novas sanções — especialmente se o cenário político nos EUA voltar a ser comandado por Donald Trump — afetem diretamente áreas sensíveis do setor militar brasileiro, que depende fortemente de equipamentos, peças e suporte técnico dos norte-americanos. Radares, caças, navios, sistemas criptografados e até munições são citados como vulneráveis em caso de interrupção nos acordos bilaterais.

Alto Comando alerta sobre fragilidade e cobra realinhamento diplomático

Diante do que consideram uma ameaça iminente, os comandos do Exército, Marinha e Aeronáutica têm intensificado a pressão sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A exigência é clara: uma postura mais pragmática e menos ideológica na condução das relações com os Estados Unidos. As falas, carregadas de dramatização, evocam riscos como “cegueira tecnológica” e “surdez operacional”, e deixam explícita a insatisfação dos militares com o que chamam de lentidão diplomática.

Fontes do Ministério da Defesa citadas pelo DefesaNet relatam um cenário crítico: muitos dos equipamentos em operação estão defasados ou à beira da obsolescência. A Força Aérea, por exemplo, ainda mantém em atividade aeronaves F-5, com mais de 50 anos de uso, enquanto os estoques de munição estariam em níveis alarmantes. No Exército, blindados Leopard 1 A5, cuja aposentadoria já deveria ter ocorrido, continuam sendo utilizados por absoluta falta de alternativas viáveis — os novos veículos prometidos ainda não chegaram.

Já a Marinha enfrenta obstáculos semelhantes: o projeto das fragatas Tamandaré segue inacabado, e várias embarcações estão fora de operação. Há inclusive relatos de escassez de munição para os armamentos em funcionamento. Um corte no fornecimento de peças e assistência técnica dos EUA poderia travar de forma irreversível o funcionamento da frota naval brasileira, alertam os oficiais.

Militares usam cenário de crise para reivindicar mais investimentos

Exercito Brasileiro | Foto: Fábio Pozzebom/Agência Brasil
A pressão dos quartéis sobre o Palácio do Planalto não se limita ao campo diplomático. Paralelamente, o ministro da Defesa, José Múcio, tem levado os comandantes militares a almoços com Lula, numa tentativa de sensibilizá-lo sobre a necessidade de mais recursos para a pasta. O pleito gira em torno de um investimento equivalente a 2% do PIB — algo incompatível com o atual cenário de ajuste fiscal, que prevê apenas 1,8% para despesas discricionárias em 2026, segundo a GloboNews.

A insistência por mais verbas, em um momento de forte contenção de gastos, soa descolada da realidade. Ainda que o reaparelhamento das Forças Armadas seja uma pauta legítima, o desequilíbrio orçamentário torna inviável atender a esse tipo de demanda de forma emergencial. O que chama atenção é o tom alarmista com que as reivindicações têm sido feitas — muitas vezes, em sintonia com discursos que flertam com o oportunismo político.

Críticas à má gestão do passado e dúvidas sobre motivações atuais

O cenário atual de precariedade, dizem analistas, não surgiu repentinamente. Questiona-se por que, durante o governo anterior — marcado pela forte presença de militares em cargos civis e pela alardeada proximidade com os quartéis —, não foram tomadas medidas para prevenir o colapso que agora se anuncia. Enquanto recursos públicos eram canalizados para compras polêmicas, como próteses penianas, leite condensado e cloroquina, pouco se avançou em termos de modernização das Forças Armadas.

O uso político da crise fica ainda mais evidente ao se observar o tom empregado na própria manchete da reportagem do DefesaNet: “PACIÊNCIA ZERO! MILITARES PRESSIONAM LULA POR TENSÃO COM OS EUA! FALTA DE PRIORIZAR NOSSAS INDUSTRIA”. O estilo sensacionalista levanta dúvidas sobre o real interesse por trás das cobranças.

Coincidentemente, a publicação da matéria ocorreu no mesmo dia em que ganhou destaque a discussão sobre a possível instalação de tornozeleira eletrônica em Jair Bolsonaro, situação que provocou especulações sobre uma eventual prisão — embora essa hipótese, diante da decisão do ministro Alexandre de Moraes, tenha se mostrado remota. A coincidência temporal alimenta suspeitas de que as Forças Armadas estariam tentando interferir politicamente, sob a fachada de preocupações técnicas.

Entre a precaução e a estratégia: o que está em jogo

É legítima a preocupação com a segurança nacional e com a autonomia tecnológica do país. Mas é preciso cautela para que essas pautas não sejam instrumentalizadas em meio a uma conjuntura tensa, na qual os interesses militares parecem, em parte, sobrepostos por disputas políticas e tentativas de barganha orçamentária.

A retórica do caos, nesse contexto, pode ser mais perigosa do que o próprio colapso que se deseja evitar. Afinal, o Brasil precisa de Forças Armadas modernas e bem equipadas — mas também alinhadas com os princípios democráticos e com a estabilidade institucional do país.

João Caldas articula comando do DC em Alagoas para reposicionar JHC no cenário político

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João Caldas e JHC

Em meio às movimentações políticas que antecipam o cenário eleitoral de 2026, o ex-deputado João Caldas está em negociação para assumir o comando do partido Democracia Cristã (DC) em Alagoas. A articulação está sendo conduzida diretamente com o presidente nacional da legenda, José Maria Eymael, e pode representar uma reconfiguração estratégica do campo político de seu filho, o prefeito de Maceió, JHC (PL).

A possível mudança de legenda tem como objetivo preparar o terreno para uma transição do prefeito para um partido de centro, o que permitiria a ele se distanciar da imagem cada vez mais consolidada do PL como uma sigla fortemente alinhada ao bolsonarismo. A ideia é promover um reposicionamento que minimize desgastes com setores do eleitorado mais moderado e facilite a construção de pontes com grupos políticos ligados ao governo Lula.

Além de buscar uma imagem mais neutra no cenário nacional, a movimentação também pode refletir um pragmatismo necessário no tabuleiro alagoano. Em um estado onde o senador Renan Calheiros (MDB) mantém forte presença e influência, aproximar-se de figuras associadas ao entorno do presidente Lula e da família Calheiros pode ser uma estratégia para reduzir barreiras e abrir caminhos para alianças futuras.

A articulação em curso indica, sobretudo, três frentes de interesse:

  • Reposicionamento político-ideológico: a saída de um partido de direita para uma sigla de centro representa uma tentativa de moderação simbólica, sem rupturas bruscas.

  • Reconfiguração de alianças: a abertura para o diálogo com o Palácio do Planalto pode ser um passo para reequilibrar forças e estabelecer algum grau de entendimento com o campo governista.

  • Disputa pelo protagonismo local: ao movimentar-se nesse sentido, JHC busca preservar competitividade em cenários futuros, seja na tentativa de um mandato no Senado ou em outro projeto majoritário, ao mesmo tempo em que confunde e fragiliza adversários que tentam manter o eleitorado polarizado.

Contudo, a estratégia envolve riscos calculados. Mudar de sigla e sinalizar aproximação com antigos adversários pode provocar ruídos junto à base política já conquistada. Além disso, não há garantias de que o novo campo de atuação receberá o prefeito com a adesão e o entusiasmo esperados.

A operação, embora voltada para o médio e longo prazo, é vista como mais um movimento de bastidores com potencial de redesenhar o mapa eleitoral de Alagoas — especialmente se confirmada a candidatura de JHC ao Senado em 2026.

Nova sondagem revela disputa acirrada e indefinição na corrida ao Senado em Alagoas

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Davi Filho, Renan Calheiros, Arthur Lira e Alfredo Gaspar

Um novo levantamento realizado pelo Instituto Falpe e divulgado na última sexta-feira (18) revela um cenário de intensa competitividade na corrida pelo Senado em Alagoas. A pesquisa, que ainda não reflete integralmente os impactos do recente “acordão” político em Brasília, mostra Renan Calheiros (MDB) e Arthur Lira (PP) à frente, mas com vantagem apertada sobre seus principais concorrentes.

O estudo, conduzido entre os dias 5 e 15 de julho, ouviu 2.842 eleitores em 40 municípios de todas as regiões do estado. Como serão eleitos dois senadores em 2026, os entrevistados puderam apontar mais de um nome. O levantamento tem margem de erro de 3,5 pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%.

Números do cenário principal:

  • Renan Calheiros (MDB) – 33%

  • Arthur Lira (PP) – 28%

  • Alfredo Gaspar (União) – 23%

  • Davi Davino Filho (Republicanos) – 22%

  • Paulão (PT) – 4,5%

  • Eudócia Caldas (PL) – 1,5%

  • Nenhum dos candidatos – 12,5%

  • Não souberam ou não opinaram – 16,5%

A entrada do prefeito de Maceió, JHC (PL), como possível candidato ao Senado, muda levemente a configuração, com ele assumindo uma posição de destaque logo na estreia.

Cenário com a inclusão de JHC:

  • Renan Calheiros (MDB) – 30%

  • Arthur Lira (PP) – 25%

  • JHC (PL) – 24%

  • Alfredo Gaspar (União) – 20%

  • Davi Davino Filho (Republicanos) – 19%

  • Paulão (PT) – 4%

  • Nenhum dos candidatos – 12%

  • Não souberam ou não opinaram – 15%

Além da intenção de voto, o levantamento também investigou a rejeição dos nomes colocados. Quando perguntados em quem não votariam de forma alguma, os eleitores responderam:

Índice de rejeição:

  • Renan Calheiros (MDB) – 11,5%

  • Arthur Lira (PP) – 8%

  • Paulão (PT) – 7,5%

  • Eudócia Caldas (PL) – 3,5%

  • Alfredo Gaspar (União) – 3%

  • Davi Davino Filho (Republicanos) – 1,5%

  • Não rejeita nenhum dos nomes apresentados – 12,5%

  • Não respondeu – 50%

A pesquisa foi publicada no blog da jornalista Vanessa Alencar e fornece um retrato inicial do cenário eleitoral alagoano para 2026, indicando que a disputa pelo Senado promete ser uma das mais equilibradas do estado nos próximos anos.

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