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Prefeito de Maceió, JHC |
A possível articulação entre o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), continua gerando expectativas e dúvidas no cenário político alagoano. Amplamente divulgada e até o momento não desmentida pelos envolvidos, a informação de que JHC teria firmado um acordo com o presidente da República para abrir mão de disputar o governo do Estado em 2026 e, em troca, apoiar o nome do senador e ministro dos Transportes, Renan Calheiros Filho (MDB), permanece sem confirmação oficial.
No centro da negociação estaria a nomeação da procuradora de Justiça do Ministério Público de Alagoas, Marluce Caldas — tia do prefeito — para o cargo de ministra do Tribunal de Contas da União (TCU). O gesto, visto como um aceno político importante, teria sido intermediado pelo próprio Lula, como forma de selar o entendimento com JHC.
A indicação de Marluce chegou ao Senado Federal, responsável por sabatinar e aprovar os nomes para o TCU, acompanhada de imagens e registros nas redes sociais que mostram Lula, JHC e outros atores políticos no ato simbólico que fortaleceu as especulações sobre o acordo.
No entanto, passadas duas semanas desde a circulação da notícia, o prefeito segue sem comentar publicamente o assunto. Permanece filiado ao PL, não declarou apoio a nenhum pré-candidato ao governo e, ao mesmo tempo, segue ampliando sua base na Câmara Municipal de Maceió, como quem se prepara para um projeto eleitoral mais robusto — possivelmente em 2026.
Enquanto o prefeito evita declarações sobre seu futuro político, aliados mais próximos garantem que a pré-candidatura ao governo está mantida e que ele deve deixar o cargo em abril do próximo ano para disputar o Executivo estadual.
O silêncio de JHC, portanto, alimenta as incertezas e mantém a tensão no tabuleiro político alagoano. Resta saber se ele seguirá o suposto compromisso firmado nos bastidores de Brasília ou se optará por enfrentar as urnas em busca do comando do Palácio República dos Palmares.