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Imagens reproduzidas do vídeo |
Gineste, que se encontrava a cerca de 250 quilômetros de sua residência em Curitiba, foi surpreendido pelos agentes no momento em que tentava jogar um celular no mar.
O empresário já tinha passagem pela Justiça: havia sido condenado a quatro anos e oito meses de prisão por corrupção ativa na primeira fase da Operação Publicano, conduzida pelo Ministério Público do Paraná. A defesa dele ainda não se pronunciou.
Núcleo financeiro e movimentação bilionária
Apontado como integrante do “núcleo financeiro” da organização criminosa, Gineste é sócio-administrador da F2 Holding Investimentos. Segundo os investigadores, seu papel era essencial para movimentar grandes somas de dinheiro ilegal por meio de uma rede que envolvia empresas de fachada e holdings.
A estratégia para dar aparência legal aos valores ilícitos incluía o uso de postos de combustíveis e fundos de investimento. A apuração indica que o esquema teria injetado, ao menos, R$ 1 bilhão em espécie em 46 postos de combustíveis situados em Curitiba.
Megaoperação, fugitivos e suspeita de vazamento
A Operação Tank foi deflagrada em ação conjunta da Polícia Federal e da Receita Federal, com o objetivo de cumprir 14 mandados de prisão. Entretanto, oito investigados considerados de alta relevância conseguiram escapar.
Entre os foragidos estão Mohamad Hussein Mourad, o “Primo”, apontado como líder e “epicentro” do esquema, e Roberto Augusto Leme da Silva, o “Beto Louco”, tido como colíder da facção. Ambos tiveram seus nomes incluídos na Difusão Vermelha da Interpol, passando a ser procurados em 196 países.
A Polícia Federal também instaurou uma apuração interna para investigar possível vazamento de informações, após constatar que alguns endereços alvo estavam sem computadores e que veículos de luxo que seriam apreendidos haviam desaparecido.