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| Arthur Lira, Renan Calheiros e JHC |
Em entrevista concedida à rádio CBN nesta quarta-feira (27), o senador Renan Calheiros (MDB) refutou de forma enfática a existência do chamado “Acordão de Brasília” — suposta articulação política que colocaria seu nome e o do deputado federal Arthur Lira (PP) na disputa pelo Senado, em troca de apoio ao ministro dos Transportes, Renan Filho, na corrida pelo governo de Alagoas, excluindo o atual prefeito de Maceió, JHC (PL).
“Não participamos, não defendemos e tampouco chancelamos qualquer tipo de acordo relacionado a candidaturas ao Senado ou ao governo do estado”, afirmou Renan, responsabilizando veículos de imprensa — “com e sem credibilidade”, segundo ele — pela difusão dos boatos.
O senador adotou um discurso mais duro ao tratar de uma possível eleição para o Senado, deixando evidente sua preferência por JHC em detrimento de Arthur Lira. Para Renan, o prefeito representa renovação na política, enquanto Lira teria se afastado das demandas de Alagoas, mesmo quando ocupava posição de destaque em Brasília. “Quando detinha maior influência na República, Arthur Lira virou as costas para o estado. Nunca colocou os interesses de Alagoas como prioridade; pelo contrário, bloqueou recursos e criou obstáculos ao diálogo”, criticou.
Renan também comentou a recente nomeação da desembargadora Marluce Caldas ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele fez questão de desvincular a indicação de qualquer interferência política local, classificando-a como uma decisão técnica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O senador exaltou o currículo da nova ministra — sua colega de formatura em 1982 — e ressaltou que sua aprovação no Senado foi unânime. “Reafirmo: não foi uma escolha política. Trata-se de uma escolha técnica do presidente da República”, concluiu.
