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JHC |
O recente acordo selado em Brasília entre o prefeito de Maceió, JHC, e o ministro dos Transportes, Renan Filho, teve repercussão predominantemente negativa entre a base de apoiadores do gestor da capital alagoana.
Essa parcela do eleitorado foi conquistada nos últimos anos tanto pelo desempenho administrativo de JHC à frente da prefeitura quanto por sua postura de enfrentamento ao grupo político liderado pelos Calheiros — uma oposição histórica especialmente enraizada na capital.
Contudo, o cenário atual apresenta uma reviravolta inesperada: antigos adversários agora se reúnem em torno de um possível entendimento político com vistas às eleições de 2026. E, embora esse arranjo ainda possa ser modificado, a realidade posta é de aproximação entre os dois principais nomes cotados para a disputa pelo Governo de Alagoas.
O impacto desse movimento estratégico sobre o futuro eleitoral de JHC, no entanto, permanece incerto. Um dos grandes questionamentos que surgem é até que ponto seus eleitores estarão dispostos a digerir a frustração de vê-lo, possivelmente, fora da corrida estadual.
Mais do que isso, fica a dúvida: uma aliança com um antigo rival — para muitos, um antagonista direto — terá justificativa suficiente diante da opinião pública?
A famosa frase “alea jacta est”, que marca a irreversibilidade de certas decisões, cabe bem ao momento. O dado foi lançado. O que falta saber é se o jogo, como ele está sendo jogado, trará ganhos ou perdas para quem apostou.