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Ainda que de maneira reservada, aliados próximos ao senador Renan Calheiros (MDB) já manifestam incômodo com a postura silenciosa do prefeito de Maceió, JHC, em relação ao chamado “acordão de Brasília”. Para esse grupo, o mutismo do gestor municipal gera desconforto político, principalmente diante do empenho público de Calheiros em destacar os avanços da articulação.
Um dos interlocutores mais diretos das negociações lembra que o senador já externou em diversas ocasiões a satisfação com o pacto firmado, elogiando repetidamente a condução administrativa de JHC e ressaltando sua capacidade de liderança à frente da capital alagoana. Essas manifestações, segundo ele, teriam sido feitas não apenas em declarações públicas, mas também em encontros internos, como sinal de confiança no fortalecimento da aliança.
Do lado do prefeito, entretanto, o silêncio permanece absoluto. Até agora, nenhuma fala, gesto ou posicionamento oficial foi dado que sinalize reciprocidade ou apoio explícito ao entendimento construído em Brasília. Para os calheiristas, essa ausência de manifestação cria dúvidas sobre a efetividade do acordo e pode fragilizar futuras tratativas.
Na avaliação dos aliados, tal gesto teria impacto não apenas simbólico, mas também prático, pois abriria caminho para a consolidação de outros entendimentos, inclusive com lideranças do interior que já orbitam em torno de JHC. O silêncio, portanto, é entendido como um obstáculo que precisa ser superado para que a costura política avance e produza os resultados desejados por ambas as partes.
