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Quem acreditar em rupturas eternas na política pode se surpreender.

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/ Por Redação

 

João Caldas e Renan Calheiros durante sabatina de Marluce Caldas | Foto: Reprodução
Afinal, no dia 1º de novembro de 2022, João Caldas e Renan Calheiros protagonizaram um dos momentos mais tensos do cenário político alagoano recente: trocaram ofensas duras, gritaram e quase chegaram a se agredir fisicamente no Aeroporto de Maceió, diante de assessores e curiosos.

O episódio era consequência direta dos acontecimentos da noite anterior, quando, logo após o resultado das eleições, Renan Filho foi até a porta do apartamento de JHC para, aos berros, dirigir palavras ofensivas ao então prefeito. O clima entre os grupos políticos estava inflamado, e a rivalidade parecia irreversível.

No entanto, o tempo e as circunstâncias trataram de mudar o enredo. Ontem, no Senado, os ex-adversários Calheiros pai e Caldas pai sentaram-se lado a lado para acompanhar a sabatina que confirmou Marluce Caldas no cargo de ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Durante a sessão, conversaram descontraidamente, trocaram sorrisos e chegaram a lembrar histórias da juventude, como velhos amigos que se reencontram após anos.

O gesto, simbólico e estratégico, não passou despercebido no meio político. Mostrou que, acima das rusgas pessoais, prevalecem interesses comuns e o pragmatismo que costuma reger alianças e reaproximações na esfera pública.

Enquanto a base de apoio de cada um ainda mantém rivalidades acirradas, os dois líderes, experientes, demonstram que sabem separar disputas eleitorais de relações institucionais. No tabuleiro da política, como sempre, é do jogo.

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