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Hipocrisia seletiva: a militância que defende Erika e ignora privilégios reais

25_08

/ Por Redação

Erika Hilton ostentando bolsa de R$ 24,7 mil
O debate político e social, muitas vezes, se perde entre discursos e aparências. O problema, Erika, não é que você compre uma bolsa cara — isso, dentro do capitalismo, é um direito individual. O verdadeiro ponto de crítica está em posar de revolucionária anticapitalista enquanto desfruta do conforto e do status que o sistema que você critica proporciona. Ontem, você atacava “as loiras de bolsa cara”; hoje, ostenta os mesmos símbolos e ainda se coloca como vítima de críticas.

O mais preocupante, porém, é a seletividade da militância que defende à parlamentar. São os mesmos que atacaram covardemente a filha de Roberto Justus por exibir uma bolsa de luxo, mas que permanecem em silêncio quando o assunto envolve políticos com privilégios reais e uso indevido de recursos públicos. É o caso de deputadas que colocam maquiadores na folha de pagamento do gabinete ou outros gastos questionáveis com dinheiro do contribuinte: nenhuma palavra, nenhum protesto, nenhuma indignação.

Essa postura revela um padrão de hipocrisia seletiva que fragiliza o discurso político e mina a credibilidade de quem deveria lutar contra desigualdades e privilégios injustos. A militância precisa, antes de tudo, questionar os privilégios que realmente pesam sobre a sociedade — não apenas aqueles que cabem em um feed de redes sociais ou em uma foto de Instagram.

O debate sobre capitalismo, poder e justiça social perde força quando os críticos vivem confortavelmente do sistema que criticam e quando a indignação é aplicada de forma desigual. Talvez seja hora de refletir sobre consistência, coerência e responsabilidade — valores que vão além de símbolos de status e hashtags.


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