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| Erika Hilton ostentando bolsa de R$ 24,7 mil |
O mais preocupante, porém, é a seletividade da militância que defende à parlamentar. São os mesmos que atacaram covardemente a filha de Roberto Justus por exibir uma bolsa de luxo, mas que permanecem em silêncio quando o assunto envolve políticos com privilégios reais e uso indevido de recursos públicos. É o caso de deputadas que colocam maquiadores na folha de pagamento do gabinete ou outros gastos questionáveis com dinheiro do contribuinte: nenhuma palavra, nenhum protesto, nenhuma indignação.
Essa postura revela um padrão de hipocrisia seletiva que fragiliza o discurso político e mina a credibilidade de quem deveria lutar contra desigualdades e privilégios injustos. A militância precisa, antes de tudo, questionar os privilégios que realmente pesam sobre a sociedade — não apenas aqueles que cabem em um feed de redes sociais ou em uma foto de Instagram.
O debate sobre capitalismo, poder e justiça social perde força quando os críticos vivem confortavelmente do sistema que criticam e quando a indignação é aplicada de forma desigual. Talvez seja hora de refletir sobre consistência, coerência e responsabilidade — valores que vão além de símbolos de status e hashtags.
