![]() |
UPA na Chã da Jaqueira, em Maceió |
Este episódio, longe de ser um caso isolado, expõe uma realidade que se tornou assustadoramente comum no estado. O que deveria ser a exceção transformou-se em regra: cidadãos comuns precisando recorrer à exposição em vídeos de apelo ou à influência política para garantir o que é um direito constitucional — um atendimento digno e em tempo hábil.
Essa busca desesperada por socorro contrasta de forma gritante com o discurso oficial do governo do estado. Enquanto a propaganda exalta a modernidade de hospitais e o Executivo se mantém em silêncio diante de casos como este, os corredores das unidades de saúde contam uma história diferente, marcada pela superlotação, pelo descaso e por uma profunda sensação de abandono.
A cena na UPA da Chã da Jaqueira não é apenas um pedido de ajuda; é um sintoma visível de um sistema que falha em proteger seus cidadãos, deixando um rastro de angústia e a pergunta que ecoa por todo o estado: até quando a vida dos alagoanos dependerá da sorte ou da viralização de um vídeo?