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O retrato do colapso: desespero por vaga de UTI em Maceió expõe a crise da saúde em Alagoas

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/ Por Redação

 

UPA na Chã da Jaqueira, em Maceió
A imagem de um filho clamando por uma vaga de UTI em frente à UPA da Chã da Jaqueira, em Maceió, na tarde do último domingo (29), é o retrato mais recente e desolador da crise na saúde pública de Alagoas. Sua luta era pela vida da mãe, que sofreu as graves consequências de um infarto e necessitava de cuidados intensivos que o sistema não conseguia oferecer.

Este episódio, longe de ser um caso isolado, expõe uma realidade que se tornou assustadoramente comum no estado. O que deveria ser a exceção transformou-se em regra: cidadãos comuns precisando recorrer à exposição em vídeos de apelo ou à influência política para garantir o que é um direito constitucional — um atendimento digno e em tempo hábil.

Essa busca desesperada por socorro contrasta de forma gritante com o discurso oficial do governo do estado. Enquanto a propaganda exalta a modernidade de hospitais e o Executivo se mantém em silêncio diante de casos como este, os corredores das unidades de saúde contam uma história diferente, marcada pela superlotação, pelo descaso e por uma profunda sensação de abandono.

A cena na UPA da Chã da Jaqueira não é apenas um pedido de ajuda; é um sintoma visível de um sistema que falha em proteger seus cidadãos, deixando um rastro de angústia e a pergunta que ecoa por todo o estado: até quando a vida dos alagoanos dependerá da sorte ou da viralização de um vídeo?

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