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Ronaldo Lessa e Ciro Gomes |
Apesar de sua trajetória marcada por reviravoltas e posições controversas, Ciro Gomes ainda carrega o peso de ser o último grande nome de relevância nacional ligado ao PDT — partido ao qual pertence o atual vice-governador de Alagoas, Ronaldo Lessa.
A sigla, que nasceu sob o forte ideário trabalhista e brizolista, perdeu sua identidade com o passar dos anos. Sob a presidência de Carlos Lupi, o PDT foi, gradativamente, se esvaziando por dentro, até alcançar um estágio de profunda descaracterização.
Ciro, que por diversas vezes encarnou o papel de candidato à Presidência pelo partido, terminou a mais recente disputa eleitoral com um desempenho aquém do esperado: amargou a quarta colocação, com pouco mais de 3% dos votos válidos no primeiro turno — um resultado que simbolizou sua maior derrota política.
Agora, ensaia mais uma mudança de rota. Em busca de viabilidade eleitoral, Ciro deve tentar disputar o governo do Ceará, desta vez pelo fragilizado PSDB — sigla que, assim como ele, tenta sobreviver em meio à irrelevância nacional. Trata-se, talvez, de sua última cartada para manter algum protagonismo político por meio do voto.
Vale destacar: dessa vez, sem o apoio do irmão e ex-aliado Cid Gomes, cuja ruptura tornou ainda mais solitária sua empreitada.
Enquanto isso, o PDT parece cada vez mais distante da força que um dia teve sob a liderança marcante de Leonel Brizola. O prestígio de outrora se perdeu, e o partido segue à deriva, sem nomes de expressão e sem horizonte claro.