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Famílias seguem em áreas de risco mesmo após deslizamento no Farol |
No momento do desabamento, por volta das 9h30, apenas a sogra da moradora Rosileide estava na casa, mas felizmente não sofreu ferimentos. Em entrevista à TV Pajuçara, Rosileide contou que a família já havia notado rachaduras pela manhã e movido pertences para a sala. A decisão de permanecer no local, segundo ela, foi fruto da dificuldade em encontrar uma moradia segura com os recursos disponíveis.
A questão central, apontada tanto por moradores quanto por lideranças locais, é a aparente insuficiência do suporte oferecido. "Não encontramos nenhum local seguro pelo valor do aluguel social", relatou Rosileide, expressando incerteza sobre a continuidade do benefício, que tem duração de três meses. Com muito esforço, a família conseguiu alugar outra casa no mesmo dia e aguardava o apoio da Defesa Civil para realizar a mudança à tarde.
A frustração é compartilhada por Marcelo Santos, líder comunitário da região. Ele reforça que os riscos na área são conhecidos desde maio e que o valor de R$750 do auxílio-moradia é inadequado para garantir um aluguel em local sem perigo. "Será que terá que acontecer algo mais grave até que esses apartamentos da Santa Amélia sejam entregues?", questionou Marcelo, ecoando a pergunta de Rosileide sobre uma solução habitacional definitiva. Ele informou ainda que outras duas famílias já haviam deixado suas casas ao longo desta segunda-feira.
Em nota oficial, a Defesa Civil de Maceió afirmou que mantém o monitoramento contínuo na comunidade e que os imóveis da região seguem interditados, com vistorias sendo realizadas diariamente. O órgão confirmou que está auxiliando as famílias no processo de evacuação, tendo apoiado uma mudança ainda pela manhã, e que todos os afetados estão sendo atendidos pelos órgãos competentes com o repasse do auxílio-moradia e suporte logístico. Enquanto isso, os demais moradores continuam a busca por um lugar seguro para viver.