 |
| Arthur Lira, Hugo Motta e Eduardo Cunha | Foto: Reprodução |
Nos bastidores do Palácio do Planalto, a avaliação é clara: o presidente da Câmara, Hugo Motta, estaria sendo fortemente influenciado por duas figuras de peso da política — Arthur Lira e Eduardo Cunha, ambos ex-presidentes da Casa. Para integrantes do governo Lula (PT), o paraibano teria abandonado a via do diálogo e adotado uma postura de enfrentamento direto com o Executivo.
A percepção dentro do governo é que a guinada repentina de Motta não ocorreu por acaso. O atual comandante da Câmara, que até pouco tempo mantinha uma linha mais alinhada às negociações com o Palácio, surpreendeu ao liderar, recentemente, a votação de um pedido de urgência que retira do governo a prerrogativa sobre a cobrança do IOF. Além disso, ele recuou no apoio ao pacote econômico proposto pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Fontes próximas ao presidente Lula apontam que, por trás desse movimento, estão justamente Lira e Cunha, que teriam atuado nos bastidores para afastar Motta da base governista. A avaliação é que o atual chefe da Câmara estaria, de certa forma, “tutelado” pela dupla, que o orienta a adotar uma estratégia menos aberta ao diálogo e mais centrada no embate político.
A mudança de comportamento acendeu um alerta no Planalto, que vê na condução de Motta um risco crescente para a articulação política e para os projetos de interesse do governo no Congresso.
.webp)
