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Condenado por matar advogado no lugar de juiz foi estrangulado com corda dentro da cela, revela PC

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/ Por Redação
Detentos prestaram depoimento e confessaram crime | TV Pajuçara
O detento Antônio Wendel Melo Guarnieri, de 42 anos, foi assassinado nessa quinta-feira (5) no Complexo Prisional de Maceió. De acordo com as investigações da Polícia Civil, Guarnieri foi estrangulado com uma corda e agredido com arma branca pelos companheiros de cela. Ele estava preso por envolvimento no homicídio do advogado mineiro Nudson Harley, ocorrido em julho de 2009 em Maceió, quando o alvo do crime era o então juiz de Direito Marcelo Tadeu.

Segundo o delegado Daniel Otoni, que conduz as investigações, dois suspeitos foram presos em flagrante e confessaram participação no assassinato. No total, seis detentos estavam na cela no momento do crime, e todos foram identificados como participantes diretos no homicídio.

No local do crime, a polícia encontrou uma corda e um instrumento perfurocortante, usado para esfaquear a vítima. Apesar da presença de arma branca, o delegado afirmou ser cedo para determinar como ela entrou no sistema prisional.

“Em relação à arma branca usada no crime, é muito prematuro a gente dizer se entrou alguma arma pela penitenciária. Mesmo porque a Polícia Penal tem mecanismos para fazer fiscalização de entrada de objetos e de alimentação”, disse Otoni.

As investigações indicam que o instrumento perfurocortante pode ter sido fabricado pelos próprios detentos, utilizando materiais disponíveis na prisão. “Os presos sempre utilizam estoques, armas que começam a afiar dentro da cela, usando qualquer tipo de material, madeira ou ferro, que acabam sendo amolados e usados como instrumento perfurocortante”, explicou o delegado.

A motivação do assassinato ainda está sendo apurada. Durante as investigações, a Polícia Civil descobriu que um dos detentos envolvidos no homicídio tem um histórico de violência contra colegas de cela. Em outubro de 2024, esse mesmo interno foi transferido para a Penitenciária do Agreste após matar outro preso em circunstâncias semelhantes.

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