Virginia Fonseca em depoimento na CPI das Bets | Foto: Reprodução |
Segundo as parlamentares, o figurino da influenciadora — composto por tênis, calça jeans, moletom preto estampado com o rosto da filha e a expressão “FlôFlô Biuta”, além de um copo Stanley rosa nas mãos — teve um “apelo infantil” e buscou transmitir uma imagem distante da seriedade exigida pela investigação.
A senadora Soraya Thronicke foi direta: “Ela parece querer infantilizar a situação, como se estivesse em uma live descontraída, e não prestando esclarecimentos em uma CPI do Senado Federal.” Já Damares Alves apontou “marketing subliminar” nas escolhas da influenciadora. “Há uma tentativa clara de usar a imagem da filha e de seus produtos para suavizar o impacto das denúncias e atrair empatia do público”, afirmou a senadora.
Virginia foi convocada para explicar sua relação com a promoção de casas de apostas on-line, setor que está sob investigação por supostas irregularidades, lavagem de dinheiro e influência sobre o público jovem e infantil. Durante o interrogatório, a influenciadora foi acusada por parlamentares de “passar pano” e evitar respostas contundentes, o que gerou ainda mais insatisfação entre os membros da comissão.
Apesar das críticas, Virginia manteve a postura descontraída durante toda a sessão e, nas redes sociais, seu público dividiu opiniões: enquanto alguns consideraram a escolha de roupa como uma forma de se manter fiel ao próprio estilo, outros viram a atitude como falta de respeito com o Congresso e com o tema tratado.
A CPI das Bets continua colhendo depoimentos de figuras públicas que promoveram ou lucraram com plataformas de apostas, buscando responsabilizar agentes que contribuíram para a disseminação dessas práticas no Brasil, muitas vezes sem regulamentação adequada.