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Glauber Braga e Arthur Lira | Foto: Reprodução |
O parlamentar fluminense, que enfrenta um processo no Conselho de Ética por ter agredido um militante do MBL, justifica sua reação como uma resposta emocional a ataques contra sua mãe, que na época sofria de Alzheimer em estágio avançado. No entanto, ele alega que a tentativa de cassação é uma perseguição política orquestrada por Lira, a quem já chamou de "bandido" em plenário.
Glauber Braga destaca a postura do atual presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que, apesar de ter sido eleito com o apoio de Lira, demonstrou independência ao negociar a suspensão do processo por 60 dias, o que levou ao fim da greve de fome do deputado. "Ele demonstrou que não é o Arthur Lira no comando da presidência da Câmara", afirmou Braga.
O deputado do PSOL-RJ cita como exemplo de perseguição política o caso de Rio Largo (AL), cidade base de Lira, que teria recebido R$ 90 milhões do chamado orçamento secreto em um curto período. Segundo Braga, parte desse dinheiro teria sido sacada em espécie por empresas em "becos" e entregue a autoridades locais. Ele também acusa Lira de ter desviado cerca de R$ 300 milhões em emendas na Comissão de Integração Nacional da Câmara para favorecer seu grupo político em Alagoas.
"Pergunte a deputados de várias correntes ideológicas. Todos dizem: 'o Glauber briga, é arestoso, mas isso não é motivo para cassação'. Todos sabem que é coisa do Arthur Lira", reiterou Braga. O deputado afirma que não se arrepende de sua conduta no Conselho de Ética e pretende manter a mobilização contra o que considera uma "perseguição política".