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Órgãos constataram queda significativa na presença de estudantes nas unidades de ensino - Foto: Ascom Defensoria Pública de Alagoas |
As visitas ocorreram nas Escolas Municipais Doutora Nise da Silveira, Padre Brandão de Lima, Zilka de Oliveira Graça e no Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Professora Maria Elisabete dos Santos – “Gigantinhos”, todas situadas na parte alta da capital alagoana.
Conduzida pelo defensor público Lucas Monteiro Valença, do Núcleo de Proteção Coletiva, a vistoria constatou que o transporte escolar está totalmente suspenso em três das unidades, o que tem causado evasão temporária e comprometeu a frequência escolar de forma alarmante. Em algumas turmas, menos da metade dos alunos compareceu; em uma sala, apenas cinco crianças estavam presentes.
Diante da gravidade do problema, a Defensoria Pública e o Ministério Público do Estado de Alagoas (MP/AL) ingressaram com um novo pedido à Justiça, exigindo que o Município de Maceió regularize, com urgência, o transporte escolar.
Além da regularização imediata, os órgãos pedem à Justiça que imponha multa pessoal e diária ao prefeito de Maceió, JHC (João Henrique Caldas), e determinem a suspensão de gastos com publicidade institucional e eventos festivos até que a situação do transporte escolar seja solucionada.
“A ausência do transporte tem prejudicado o direito fundamental à educação, especialmente de crianças que dependem exclusivamente desse serviço para acessar as escolas. Estamos falando de um cenário grave, que afeta diretamente o futuro de centenas de estudantes da rede municipal”, afirmou o defensor Lucas Valença.
A situação revela um quadro crítico na gestão do transporte escolar municipal e acende um alerta sobre a prioridade dada à educação pelas autoridades locais. O caso agora está sob análise do Judiciário, que deverá se posicionar nos próximos dias sobre os pedidos das instituições.